XVII SEMEX ressalta a necessidade da extensão na formação acadêmica

26/10/2022 14h12

Graduação, UNITAU, curricularização, CICTED, SEMEX, Extensão

 

A Extensão é parte essencial da formação acadêmica. É esse pilar que leva à comunidade o conhecimento adquirido e produzido nos pilares do Ensino e da Pesquisa, um complementa o outro. A fim de ressaltar e promover esse terceto, a Universidade de Taubaté (UNITAU) realizou, nos dias 19, 20 e 21 de outubro, englobado ao XI CICTED, o XVII Seminário de Extensão (SEMEX).

Neste ano, o XVII SEMEX contou com palestras de convidados renomados e dispôs de um momento de relatos de experiências, no qual os alunos que participaram dos projetos de extensão contaram suas vivências e apresentaram os resultados de cada atividade.

Disseminar o objetivo da Extensão e reconhecer sua importância e resultados são dois dos propósitos do seminário. Por isso, ema das principais pautas abordadas foi a curricularização da Extensão no ensino superior, que propõe a obrigatoriedade da prática em pelo menos 10% da carga horária total de todas as graduações a partir de 2023.

Como conta a Profa. Dra. Letícia Maria Pinto da Costa, Pró-reitora de Extensão, a implementação da curricularização acontecerá com uma revisão dos projetos pedagógicos e buscará interdisciplinaridade e uma relação maior com a comunidade. "Inserir a extensão nos currículos inovará a forma de ensinar e de aprender, porque colocará o aluno como agente autônomo, na busca por uma formação mais humanizada", aponta.

A curricularização é uma oportunidade para que todos os alunos possam ampliar mais ainda a formação acadêmica, além da formação social. De acordo com a Profa. Leticia Maria, a Extensão representa um caminho para a transformação profissional em aspectos como “o seu olhar para com o social, o encarar a vida real e perceber sua profissão como essencial para transformar a vida das pessoas para melhor’’, comenta.

Essa transformação é perceptível para a aluna Nathália Muniz, do 10º semestre de Direito e participante do Projeto Rondon. "Nós saímos da nossa bolha social e vemos outros tipos de vida, vidas na maioria dos casos mais simples que a sua. Então primeiro de tudo é isso. Segundo que a gente aprende muito com as pessoas que vivem nesses lugares, além de ensinarmos também", conta. Em 2022, com a participação de estudantes de diversos cursos, o projeto levou ações às populações de Grão Mogol (MG) e de Calçoene (AP).

A Extensão contribui de formas diferentes para todas as graduações, inclusive para área da docência, que requisita o máximo de contato com pessoas. "Para quem faz licenciatura é importante estar em contato com a comunidade, porque são as pessoas com quem a gente vai trabalhar e conviver mais tarde", avalia Joel Ferreira, aluno do 4º semestre de História, que participou do Projeto Cultura que Vale, que desenvolveu uma pesquisa aplicada com a Escola Estadual Monsenhor Ignácio Gióia, de São Luiz do Paraitinga.

Esses relatos, entre os diversos apresentados no XVII SEMEX, demonstram a importância da Extensão e servem como incentivo para que todos os estudantes se interessem pela prática e encontrem projetos com os quais se identifiquem, por meio dos quais podem transformar a comunidade.

Segundo a Profa. Dra. Simone Imperatore, pesquisadora em Extensão Universitária e uma das palestrantes do SEMEX, Extensão não é simplesmente uma ação social, mas, sim, um trabalho orientado por uma ação pedagógica situada. Esse pilar é um processo de reciprocidade, no qual o extensionista leva seu conhecimento para as comunidades, assim como a comunidade leva o seu conhecimento para os extensionistas. Além disso, a prática da Extensão permite que o aluno amplie sua visão de mundo, assim como permite que o mesmo esteja preparado para o mercado de trabalho.

Caio Pascoal

ACOM/UNITAU