Foto: Ariane Viana (ACOM/UNITAU)

Fevereiro Roxo: fibromialgia afeta milhões de brasileiros

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01/02/2024 08h52 ⋅ Atualizada em 01/02/2024 09h24

Bem-estar, Saúde, Psicologia, UNITAU, Medicina

 

A fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada pela dor muscular generalizada, fadiga, sono não reparador, problemas de memória e concentração e alterações de humor. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, a doença se manifesta em cerca de 2 a 12% da população adulta no Brasil. Por isso, Fevereiro é o mês em que se dá visibilidade à doença e destaca as formas de tratamento.

A causa da fibromialgia ainda não é totalmente conhecida, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos, ambientais e psicológicos. Os sintomas da doença podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente são agravados pela manhã e no final do dia.

Ainda não há cura para a fibromialgia, mas o tratamento pode ajudar a controlar os sintomas. Ele pode incluir medicamentos, exercícios físicos, terapia cognitivo-comportamental e mudanças no estilo de vida.

Desafios no diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da fibromialgia pode ser um desafio, pois não há exames laboratoriais ou de imagem que possam confirmar a doença. A identificação é feita com base na história clínica do paciente e na presença de dor generalizada, conforme os critérios médicos estabelecidos.

O tratamento da fibromialgia é considerado desafiador, pois os sintomas da doença são variados e podem mudar de paciente para paciente. “É importante avaliar se os três pilares do tratamento estão sendo seguidos… saúde mental, medicamentos, e o principal, atividade física. Apesar da resistência inicial dos pacientes, é imprescindível a realização de atividade física, essa é a medida de maior impacto no tratamento”, destaca a Profa. Esp. Elisa Fernandes de Melo do curso de Medicina da UNITAU.

A médica reumatologista afirma ainda que é preciso combater a falta de informação para o enfrentamento da enfermidade. “Entender a dimensão da doença é tão importante quanto a adesão do tratamento multidisciplinar e se fazer entender por aqueles que não compreendem a doença”, finaliza.

A importância da conscientização

A conscientização sobre a fibromialgia é importante para que a doença seja diagnosticada e tratada precocemente. Ela pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes, causando limitações físicas, psicológicas e sociais. Uma vez  que atividades básicas e rotineiras como cozinhar, exercitar-se ou mesmo relaxar se tornam difíceis com a presença constante da dor. Neste mesmo cenário, a socialização torna-se um desafio, pois a dor constante pode fazer com que o afastamento de grupos sociais aconteça, fazendo com que a sensação de isolamento e falta de apoio aumente.

“Dadas tantas dificuldades e os riscos de cada vez mais o paciente se afastar das pessoas queridas e desenvolver problemas psicológicos associados à fibromialgia, a terapia se transforma em peça chave do tratamento. Nela, o paciente é ensinado e instruído a entender e avaliar melhor seus pensamentos, interpretações e comportamentos, associados ou não a doença. A ideia é torná-lo mais apto a encarar e lidar não somente com a doença, mas principalmente com todas as mudanças que a enfermidade e seu tratamento impõe. Ao fim, não somente é possível vislumbrar uma vida com qualidade mas principalmente, uma vida sem depressão e ainda plena”, ressalta o Prof. Dr. Marcelo de Oliveira Fonseca do curso de Psicologia da UNITAU. 

A conscientização sobre a fibromialgia também é importante para reduzir o estigma associado à doença. Muitas pessoas acreditam que a fibromialgia é uma doença psicológica, o que não é verdade. A fibromialgia é uma doença real que causa dor e outros sintomas físicos.

ACOM/UNITAU