Alunos do Colégio UNITAU durante a última edição do Cictec. Foto: Luiz Felipe Barbosa - ACOM/UNITAU

Da educação infantil à pós-graduação: Cicted reúne apaixonados por pesquisa

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17/10/2023 15h28 ⋅ Atualizada em 17/10/2023 15h36

ciência, PRPPG, CICTED, Pesquisa

 

Alice tem apenas 6 anos. Bruna, 23. Alice é estudante do 1º ano do Ensino Fundamental do Colégio UNITAU, a Escola de Aplicação Dr. Alfredo José Balbi. Bruna, mestranda do terceiro semestre do curso de Planejamento e Desenvolvimento Regional da Universidade de Taubaté (UNITAU). O que elas têm em comum? Ambas são pesquisadoras e tiveram seus trabalhos aprovados no Congresso Internacional de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento (Cicted) realizado pela UNITAU entre 18 e 20 de outubro.

Com a ajuda da Profa. Ma. Angélica Mendonça, os alunos do Ensino Fundamental do Colégio da UNITAU desenvolveram um trabalho, que será apresentado na categoria ENIC Kids, para entender quais insetos trazem benefícios para o cultivo das plantas e podem ser considerados “amigos da horta”. Com apenas 6 anos de idade, Alice dá provas de que entendeu a pesquisa.

“Primeiro a gente montou uma horta. Depois, começou a estudar a libélula, a joaninha e a abelha [...] Elas são importantes porque comem as pragas. E a abelha faz a polinização [...] Elas pegam o pólen de uma flor e levam para outra. Daí nasce a fruta”, explica Alice.

Segundo a professora Angélica, o contato dos alunos com a prática da ciência, já nos primeiros anos do Ensino Infantil e Fundamental, ajuda a despertar o espírito investigativo. Para além do contato com o conhecimento, neste caso sobre os bichos e as plantas,  eles podem desenvolver o perfil de pesquisador.

“Assim, quando eles ingressarem numa universidade, terão noção de como pesquisar, quais fontes buscar, sejam elas fontes bibliográficas ou materiais mais modernos, como a internet. Com certeza, eles estarão mais preparados para fazer uma iniciação científica”, afirma a professora Angélica.

Professora Angélica e a aluna Alice. Foto: ACOM/UNITAUA professora Angélica com a aluna Alice. Foto: ACOM/UNITAU

O primeiro contato e a paixão pela pesquisa

Ao olhar para a oportunidade que crianças como a Alice têm, desde a Educação Básica, a mestranda Bruna Fernanda Nunes do Couto se recorda do cenário diferente em que ela viveu nos primeiros anos do ensino formal.

“Só na Graduação comecei a ter um contato mais próximo com a pesquisa. Comecei  apresentando os trabalhos que produzia para as disciplinas no Congresso. Durante a pandemia, cheguei a inscrever mais de 10 trabalhos em uma única edição. Mas nem na época do Ensino Médio a gente não era tão estimulado a produzir pesquisa, como vejo os alunos hoje”, afirma a mestranda.

 No Cicted de 2023, Bruna participa da Mostra de Pós-graduação (MPG) com um artigo sobre “Políticas de Desenvolvimento Regional e o Turismo no Brasil”. Segundo a mestranda, o estudo deve ajudá-la ainda na revisão bibliográfica para a tese de mestrado que deve ser concluída em breve.

“Muita gente acha que quem faz pesquisa é quem quer se tornar um pesquisador, mas não. A pesquisa está em tudo, no nosso dia a dia, no meu trabalho como arquiteta e também no meu curso de Mestrado. Ela é acessível a todos. A pesquisa está diretamente ligada à inovação e é por isso que acho interessante ver que as crianças estão inseridas nesse universo”, afirma Bruna.

Apesar de só ter tido contato com a pesquisa já na Universidade, Bruna virou uma apaixonada por este universo. Tanto que, além de apresentar seu estudo no Cicted, também atuou como voluntária na avaliação de submissões de pesquisas dos ENICs.

“Dá muito orgulho ver o que essas crianças já estão fazendo. Foi uma honra poder avaliar os projetos de estudantes da educação básica.”

Para saber mais sobre o Cicted acesse unitau.br/cicted 

ACOM/UNITAU