Campus fora de sede: UNITAU tem três turmas de medicina em Caraguá. Foto: João Rangel-ACOM/UNITAU

Sustentabilidade financeira: os desafios de uma Universidade pública que se mantém com mensalidades de alunos

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05/07/2023 18h32 ⋅ Atualizada em 06/07/2023 08h37

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Manter a sustentabilidade financeira é, sem dúvida, um dos principais desafios de gestores públicos e privados. E gerir uma instituição pública, como a Universidade de Taubaté (UNITAU), sem subsídios dos governos municipal, estadual ou federal, exige esforços ainda maiores.

Diante desse cenário, a Reitora da UNITAU, Profa. Dra. Nara Lucia Perondi Fortes, completa o primeiro ano do segundo mandato, e quinto de gestão, com estratégias sólidas que têm ajudado a manter as finanças da Instituição equilibradas.

Hoje, a mensalidade paga pelo aluno é a maior fonte de receita da Universidade. Por isso, um dos principais esforços para garantir a sustentabilidade financeira da instituição está em continuar atraindo estudantes. Para isso, a gestão estuda constantemente as demandas do mercado e lança novas graduações, como fez recentemente com a Biomedicina e com quatro cursos na modalidade de Ensino a Distância (EAD). Nesse mesmo contexto, a inauguração do campus fora de sede, em Caraguatatuba, que permitiu a formação de três novas turmas de medicina (um total de 180 alunos), foi um marco para a atual administração.

Entrega da carta com pedido de 30 mil bolsas ao MEC: Foto: Leonardo Oliveira-ACOM/UNITAU

Visando a sustentabilidade a longo prazo, a UNITAU também tem se concentrado na criação de políticas públicas de incentivo e de acesso ao Ensino Superior que beneficiem alunos de Instituições Municipais, a exemplo do que já é feito com de estaduais e de federais. No último ano, a Universidade de Taubaté se tornou ainda mais atuante na Associação das Instituições Municipais de Ensino Superior de São Paulo (Aimes-SP) e na Associação Nacional das Instituições Municipais de Ensino Superior (Animes). Junto a essas associações, a UNITAU oficializou o pedido de 30 mil bolsas de ensino junto ao Ministério da Educação (MEC), que podem beneficiar estudantes da região e de todo o país.

O controle da evasão também é decisivo nesse cenário e, olhando para o mercado nacional, a Universidade de Taubaté tem números muito positivos quando o assunto é permanência. No primeiro semestre de 2023, por exemplo, a Instituição contabilizou 5.457 matrículas e rematrículas na graduação presencial. No período, foram feitas apenas 15 transferências e 140 trancamentos.

Considerando esses dados, a taxa de evasão na UNITAU fica abaixo de 3%, número quase 10 vezes menor que a média nacional de 2021, que foi de 27,6% na graduação presencial, segundo o Mapa do Ensino Superior no Brasil 2023, publicado recentemente pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior de São Paulo (Semesp).

Muitos fatores contribuem para essa conquista, entre eles a qualificação do corpo docente, em sua maioria formado por mestres e doutores; os programas de extensão, que conectam a UNITAU com a comunidade e possibilitam ao aluno aplicar os conhecimentos na prática; e a infraestrutura, que inclui 99 laboratórios.

Outras práticas administrativas foram adotadas no último ano e tornaram a Universidade de Taubaté ainda mais sustentável: os contratos com os fornecedores foram revisados, parcerias garantiram a redução de despesas com eventos e com reformas, prédios foram colocados à venda e um convênio firmado com o governo federal vai permitir a implantação de um sistema de processos digitais, o fim do uso de papel e, consequentemente, economia de recursos.

Todos esses esforços colocam a maior Instituição Municipal de Ensino Superior do país em posição de destaque e garantem à UNITAU a segurança para continuar construindo a Universidade do Futuro.