(Foto: Prof. Me. Raphael do Amaral/UNITAU)

Futuros arquitetos da UNITAU desbravam construções do século 18

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27/06/2023 09h05 ⋅ Atualizada em 27/06/2023 14h10

Conhecimento, Viagem pedagógica, alunos, Arquitetura

 

A Arquitetura, também conhecida como “a primeira arte”, é uma manifestação antropológica constantemente presente na sociedade, uma vez que o homem sempre teve a necessidade de se relacionar com o espaço em que convive.

Há muitas manifestações arquitetônicas, criadas ao longo da História, para serem desbravadas, e essa prática é essencial para os arquitetos, sobretudo para aqueles que ainda estão em formação conseguirem ampliar seus horizontes. Diante disso, o curso de Arquitetura da Universidade de Taubaté (UNITAU) promoveu uma imersão na arte barroca mineira do século 18.

O barroco mineiro, uma versão particular do Barroco, foi desenvolvido em Minas Gerais, entre os séculos 18 e 19, e sofreu influências do movimento aplicado na Europa e em outras regiões do Brasil, como São Paulo e Recife.

Devido à movimentação da região, por conta do Ciclo do Ouro (ocorrido no século 18), os centros urbanos cresceram rapidamente e, por conta disso, demandavam uma nova organização dos espaços. Nesse contexto, surgiram as irmandades leigas, que eram associações religiosas formadas pelos próprios fiéis, sem vínculo com a Igreja. Esses grupos passaram a atuar como organizações sociais, além de religiosas, já que auxiliavam na organização administrativa e contribuíam com a população por meio de eventos e ações de caridade.

Além disso, as irmandades legais foram as principais financiadoras dos artistas da época e usaram a arte e a religião como meios de controlar a população. Tal atitude contribuiu para a formação de um repertório de arquiteturas, esculturas e pinturas, contribuindo para a consolidação de um repertório artístico de altíssima relevância nas cidades de Ouro Preto (antiga Vila Rica), Mariana, Tiradentes, entre outras cidades históricas.

Viagem ao centro histórico de Minas Gerais

Durante a visita à região mineira, realizada entre os dias 16 e 18 de junho, os acadêmicos da graduação em Arquitetura da UNITAU puderam viajar ao século 18. Nas cidades de Ouro Preto e de Tiradentes, analisaram as construções arquitetônicas históricas e puderam retornar ao passado. Os universitários também tiveram a oportunidade de desbravar a Arquitetura contemporânea durante a visita ao Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG), composto por um museu de arte contemporânea e um jardim botânico. 

O Prof. Me. Benedito Assagra Ribas de Mello, docente de Arquitetura e um dos professores acompanhantes dos alunos, comenta sobre as contribuições da experiência para os universitários.

A importância das visitas a lugares históricos é justamente a vivência e o conhecimento da espacialidade construída nesses locais. O arquiteto é, essencialmente, o profissional que cuida, constrói e planeja espaços, em macro e em microescalas. Tudo isso reflete na compreensão e na sensibilidade com o espaço. Portanto, a vivência nesses espaços históricos é fundamental para a formação do arquiteto que nós desejamos”.

Ainda de acordo com o professor, o estudo da História no curso de Arquitetura é importante não só pela erudição dos temas arquitetônicos ao longo do tempo, mas também para a construção de um repertório, para que o aluno, e futuro arquiteto, tenha respostas para problemas da contemporaneidade. “Ou seja, nós devemos aprender com a História a lidar com o presente e a construir um futuro”, complementa o professor.

 Aluna do quinto semestre de Arquitetura, Rúbia da Rocha Cardoso destaca que atividades como essa proporcionam uma experiência em que os alunos conseguem aprender na prática tudo o que é ensinado nas aulas teóricas.

“Sempre que eu tenho a oportunidade de ir a essas visitas, eu volto com uma bagagem de c­­onhecimento cultural e arquitetônico muito grande. Sob uma óptica pessoal e profissional, a oportunidade me mostrou como eu posso utilizar o passado a meu favor e que ele não precisa ser apreciado apenas em museus. Podemos inseri-lo no nosso dia a dia e na nossa vivência”, acrescenta a aluna.

Ana Patrícia Marinho

ACOM/UNITAU