Professor de Medicina Veterinária da UNITAU apresenta pesquisa inovadora em congresso nacional 

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20/06/2023 11h10 ⋅ Atualizada em 20/06/2023 11h11

Ciências Agrárias, Medicina Veterinária, Pesquisa

Durante o 25º Congresso Brasileiro de Reprodução Animal, realizado em Belo Horizonte (MG) no mês de maio, o docente do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Taubaté (UNITAU), Prof. Dr. Heder Nunes Ferreira, apresentou uma pesquisa inovadora sobre a determinação do sexo fetal de equinos. O estudo foi realizado com alunos da Liga Acadêmica de Reprodução Animal da instituição.

A determinação do sexo dos fetos ainda na gestação tem se tornado cada vez mais comum, especialmente com relação aos animais de alto valor comercial. A sexagem fetal é de grande importância para os criadores profissionais que, sabendo quantos machos e fêmeas virão na próxima ninhada, conseguem antecipar orçamentos e gastos, planejar vendas e decidir previamente quais filhotes serão reservados para reprodução do ano seguinte. Para isso, aparelhos de ultrassonografia têm sido utilizados para essa prática.

No entanto, há dois métodos para obter o resultado: o primeiro, corresponde à análise do tubérculo genital – estrutura embrionária que dará origem ao pênis, nos machos, ou ao clitóris, nas fêmeas –; já o segundo, refere-se à visualização de gônadas e genitália externa do feto, ou seja, de conjuntos de ovários e clitóris, determinando o sexo feminino, ou de testículos e pênis, comprovando o sexo masculino.

Essa prática de sexagem fetal ainda é recente no ambiente veterinário. O primeiro diagnóstico de gênero de feto foi feito em 1989, utilizando a técnica do tubérculo genital. Já a utilização da metodologia de visualização das gônadas é datada no ano 2000. O professor comenta sobre a origem do interesse em aprofundar os conhecimentos nessa área.

“Desde a minha formação, nos anos 2000, eu trabalho com a reprodução de equinos. Quando as técnicas de sexagem fetal de equinos chegaram no Brasil. Eu era mestrando e, por conta disso, pude acompanhar todo o processo de difusão desses conhecimentos entre os estudiosos do país.”

Determinação do sexo fetal de equinos

A pesquisa analisou duas técnicas de exames ultrassonográficos aplicadas em 10 éguas. O primeiro método consistiu na análise do tubérculo genital do feto e foi aplicado nas éguas diagnosticadas prenhas entre 65 a 70 dias. Já a segunda forma, aplicada em éguas com 110 a 120 dias de gestação, consistiu na visualização das gônadas e na genitália externa do feto.

No final dos procedimentos, os pesquisadores constataram que os sexos determinados por ambas as técnicas coincidiram: as éguas estavam gerando 6 fetos masculinos e 4 femininos. Além disso, o professor concluiu que ambas as técnicas têm grande potencial para marcarem mais presença no mercado veterinário atual, já que apresentam baixo custo e, caso aplicadas no período gestacional ideal, podem apresentar altos níveis de eficiência.

Ana Patrícia Marinho

ACOM/UNITAU