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28/04/2025 10h45 ⋅ Atualizada em 28/04/2025 10h47
Com a valorização do tema “Conscientização sobre o Autismo” em mente, a Universidade de Taubaté (UNITAU) promove diversas pesquisas e trabalhos sobre inclusão e diversidade. Um dos exemplos é a pesquisa da estudante do programa de doutorado em Ciências da Saúde da UNITAU, Andrea Filipini Rodrigues Lauermann. O seu trabalho teve como tema a “Identificação precoce de sinais de sofrimento psíquico e autismo”.
Para um reconhecimento maior e valorização de pautas envolvendo o Transtorno de Espectro Autista (TEA), foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o mês atual ganhou a denominação de “Abril Azul”.
A doutoranda conta que sua pesquisa trata do efeito do cortisol salivar em situação de estresse em bebês, e que as crianças que passam pelas UTIs neonatais, sofrem diversas situações de estresse em relação à quantidade de vezes que elas são submetidas a processos dolorosos.
“Há procedimentos que estão lá para salvar vidas, e isso é muito importante, mas que também causam muita dor e muito estresse, e junto a isso, nós temos visto o grande número de crianças que apresentam transtornos do neurodesenvolvimento relacionado à prematuridade”, esclarece.
Como resultado de sua pesquisa, Andrea pretende propor situações onde a equipe de saúde poderá administrar todos esses procedimentos que salvam os bebês, mas de uma forma mais confortável para eles.
“Se pudermos dizer ao bebê a situação que ele vai ser submetido naquele momento, que ele vai passar por um procedimento doloroso, mas que ele está ali seguro, acolhido, que tem alguém junto dele, ou então proporcionar o colo da mãe para aliviar esse estresse, nós teremos níveis de cortisol menores. Consequentemente, nós teremos menos danos cerebrais, a médio e longo prazo. Então a proposta é validar o método do cortisol salivar como um meio possível de avaliar o estresse em recém-nascidos”, explica.
A orientadora de Andrea, Profa. Dra. Natália Abou Hala Nunes, argumenta que é fundamental a valorização de pautas sobre autismo, assim como de outras deficiências que impactam a socialização e o sentimento de pertencimento.
“Quando não damos visibilidade a essas questões, contribuímos, ainda que de forma inconsciente, para a exclusão de pessoas que já enfrentam barreiras cotidianas. Valorizar essas pautas é uma forma de promover uma sociedade mais inclusiva, empática e humana”, afirma.
A docente comenta que a pesquisa de Andrea é de grande relevância tanto para o campo acadêmico quanto para além da universidade. “Estudos como esse, ampliam a compreensão sobre o espectro autista, dão visibilidade às vivências das pessoas com TEA e ajudam a transformar políticas públicas, práticas clínicas e até a convivência no ambiente social”, adiciona.
Mas a Profa. Natália também acrescenta o quanto é importante o envolvimento de toda a comunidade para um mundo mais inclusivo. “Como alunos, vocês podem ajudar muito! Participar de ações de conscientização, compartilhar informações baseadas em evidências, promover rodas de conversa e principalmente praticar a escuta ativa e o respeito às diferenças são atitudes transformadoras. A mudança começa com pequenos gestos, e vocês já estão dando um passo importante ao levantar esse debate”.
Gabriel Salles
ACOM/UNITAU
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