Integração entre Pedagogia e Instituto Básico de Exatas aprimora a formação docente na UNITAU

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28/03/2025 09h25 ⋅ Atualizada em 28/03/2025 18h14

O laboratório de química do Campus JUTA recebeu um público diferente nesta semana. Os(as) universitários(as) do 6º semestre do curso de Pedagogia da UNITAU chegaram animadas para uma aula prática de química. Sair do Campus de Ciências Sociais e Educação para essa experiência tem sido um misto de curiosidade e entusiasmo para Luana Vitorino, futura pedagoga. “Essa oportunidade é de extrema importância, contribui muito para nossa prática e acho que isso é o diferencial da UNITAU: poder vivenciar práticas que contribuem na nossa formação e, assim, a gente pode replicar com os alunos no futuro”, comenta.

A iniciativa visa integrar o ensino, pesquisa e práticas pedagógicas que completam a formação dos(as) futuros(as) educadores(as) a partir de um diagnóstico feito pela Profa. Dra. Mariana Aranha, docente do curso de Pedagogia. “A gente quis fazer um trabalho interdisciplinar com o Departamento [Campus da JUTA] para que as alunas pudessem vivenciar os experimentos e, então, aprender o manejo, nomenclatura, conceito e, principalmente, aprender fazendo. Depois, elas podem fazer uma adaptação desse experimento para as diferentes faixas etárias, do primeiro ao quinto ano”, explica a professora, que atua no projeto ao lado da Profa. Dra. Kátia Richetto, diretora do Instituto Básico de Exatas. “Verificamos uma lacuna na formação dessas alunas. Se elas não têm experiência do conteúdo, elas não conseguem fazer essa transposição para as crianças menores”, completa.

Na disciplina de Conteúdos e Metodologia do Ensino de Ciências, as alunas poderão se preparar de forma prática e teórica para ensinar Ciências e Química nos anos iniciais da Educação Básica, incentivando a alfabetização científica e o pensamento crítico das crianças desde cedo. Além disso, a oportunidade também visa desmistificar a ideia de que a Química é uma disciplina complexa ou distante do cotidiano infantil, demonstrando que o conhecimento científico pode ser trabalhado de forma contextualizada e significativa.

“As ciências da natureza, como a química, estão envolvidas em tudo no nosso mundo. Os alunos têm uma pré-concepção de que química é difícil, de que eles nunca vão usar química, mas a partir do momento em que eles vêm para o laboratório e fazem experiências, eles associam a química ao dia a dia deles”, explica a Profa. Dra. Débora Silva Comar, docente vinculada ao Instituto Básico de Exatas com atuação no Laboratório de Química. “Durante a aula, vamos mexer com a separação de misturas, por exemplo. Nesse processo explicamos que isso é feito também em casa, na cozinha, só que a gente não associa isso às Ciências da Natureza, à Química, no caso”, completa a professora.

As atividades práticas incluem experimentos de análise de velocidade de reação, pH, fenômenos físicos e químicos, reatividade dos metais e outros. Essas experiências, além de fortalecerem a formação docente, também valorizam a investigação e a interdisciplinaridade que são essenciais para a formação pedagógica de professores e professoras. A iniciativa, que está alinhada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS-ONU) número 4, que se refere à Educação de qualidade, também reforça o compromisso do corpo docente da Universidade em atentar-se às necessidades dos alunos e, assim, propor inovações pedagógicas que evoluam junto com demandas do mercado de trabalho. 

Confira aqui as fotos da aula prática. 

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