Corpo docente da UNITAU se prepara para o início do primeiro semestre letivo em 2025 | Foto: Leonardo Oliveira/ACOM-UNITAU

Geração Z e a nova era da educação são temas de formação para professores da UNITAU

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14/02/2025 09h38 ⋅ Atualizada em 14/02/2025 17h18

 

Eles são capazes de jogar, comer, assistir à TV, conversar e ainda responder o amigo no WhatsApp, tudo ao mesmo tempo. Aposto que você já se perguntou como eles conseguem realizar tantas tarefas simultâneas. A geração Z - ou nativos digitais - já tem transformado o mundo com novos objetivos e prioridades. Por outro lado, esse comportamento baseado na velocidade, agilidade e dinamismo pode ser um fator desafiador quando o assunto é atrair a atenção dessa geração.

De olho nessa tendência, a edição comemorativa de dez anos do Programa de Formação Continuada (Profoco) promoveu ao corpo docente da Universidade de Taubaté (UNITAU) a oportunidade de debater e aperfeiçoar os conhecimentos, em um evento híbrido, cujo tema foi: “Geração Z e a nova era da Educação: autonomia, responsabilidade e engajamento”. O evento, que está alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 4, que prevê a educação de qualidade, teve início no dia 29 de fevereiro, com a capacitação dos professores da Educação Básica do Colégio UNITAU e da rede pública e privada de ensino, teve sua segunda etapa nos dias 11,12 e 13 de fevereiro, com a abertura no Auditório do Departamento de Ciências Jurídicas e Internacionais e demais atividades no Departamento de Comunicação e Negócios (CEN).

Confira aqui as fotos oficiais do evento. 

No Brasil, a geração Z, como são conhecidas as pessoas nascidas de entre 1995 e 2010, já somam mais de 45 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) e elas representarão 25% da força de trabalho até o fim deste ano, segundo o relatório da consultoria McKinsey.

Igor Chohfi, um dos fundadores da Rede PAVIM, que tem como objetivo desenvolver e impulsionar a carreira de jovens no mercado de trabalho, foi um dos palestrantes no evento e ressalta que a classe que mais tem interagido com essa geração são os professores. Assim, compreender essa geração pode facilitar o processo de ensino aprendizagem, bem como a formação dessa força de trabalho que já interage com outras gerações dentro das empresas. “A Geração Z traz muitos questionamentos em relação a maneira como o mundo funciona hoje, isso tem muito a ver com a tecnologia, instabilidade financeira, comportamentos e outros fatores”, explica Igor.

Dessa forma, a partir do momento que a geração Z compreende o objetivo das atividades e do processo de aprendizado, muitas possibilidades se transformam em novas chances de melhoria e desenvolvimento. “Ao questionar as verdades e estruturas já definidas, em conjunto com uma geração que tem maior facilidade e contato com a tecnologia, pode ser uma ferramenta para ajudar a melhorar nosso dia a dia.”, completa Igor.

A partir dessa perspectiva, é natural que o modelo de aprendizado se transforme e o papel do professor também se modifique ao longo do tempo. Segundo Renê Oliveira, reitor da Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP) e palestrante da noite de encerramento do Profoco 2025.1, o ambiente de ensino-aprendizagem evoluiu de uma relação passiva e hierárquica entre professor e aluno para um cenário de colaboração e cocriação. “O papel do professor, do educador, agora não é mais a principal fonte de conhecimento, ele precisa também ensinar os alunos a interpretar, a filtrar, a aplicar essa chuva de informações de uma maneira crítica, criativa”, comenta.

Perceber o ensino com a possibilidade de ser mais interativo, contribui para o equilíbrio entre autonomia e responsabilidade, atraindo a atenção dos alunos. Com isso, a tecnologia deixa de ser um grande desafio e passa a ser a maior aliada no processo de ensino. “O potencial de tornar o ensino mais interativo, reduz o desgaste físico e mental dos educadores. Assim, com os recursos certos, o professor pode focar no que realmente importa: inspirar, engajar e transformar toda aprendizagem”, reforça Renê.

Gabi Salima
ACOM/UNITAU