Comunidade acadêmica da UNITAU participa de debate para ações afirmativas na Universidade | Foto: Jaíne Monteiro/ACOM-UNITAU

Iniciativas na UNITAU ampliam debate para o acesso e a permanência de pessoas pretas, pardas e indígenas na Universidade

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25/11/2024 11h23 ⋅ Atualizada em 25/11/2024 15h37

 

Os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), divulgados pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Instituto Semesp) na edição mais recente do Mapa do Ensino Superior, confirmam que as pessoas pretas, pardas e indígenas continuam sem representatividade adequada nas Instituições de Ensino Superior públicas e privadas no Brasil, apesar de serem a maioria da população brasileira.

Com vista para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável número 4 e número 10 propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), relacionados à promoção de educação de qualidade e à redução das desigualdades, respectivamente, a Universidade de Taubaté (UNITAU) tem reafirmado cada vez mais o compromisso para mudar essa realidade. Por meio de debates e iniciativas que conduzem ações afirmativas, a Universidade mantém o diálogo com a comunidade acadêmica para avançar nas pautas relacionadas à diversidade, que estão previstas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2022-2026) e são consideradas prioritárias para a gestão.


Uma das iniciativas primordiais alcançadas pela Universidade neste ano foi a criação da Comissão Permanente de Relações Étnico-raciais (CRER), que tem a finalidade discutir e apoiar a construção, a manutenção, a preservação e a reavaliação periódica das práticas de promoção de políticas afirmativas na comunidade acadêmica. “A UNITAU tem feito esse movimento de abraçar as políticas afirmativas. A partir do momento em que o CRER é instituído, demonstra um comprometimento da Universidade em promover a inclusão, a permanência e apoiar discussões, não só da presença das pessoas pretas, pardas e indígenas [na Universidade], mas também sobre qual ensino a gente promove a partir de leituras, autores e epstomologias que a instituição propõe”, explica a Profa. Dra. Mirian Garrido, docente do Departamento de Ciências Sociais, Letras e Pedagogia e vice-presidente do CRER. “Os raios de ação da comissão são variados. Um deles é o acolhimento para entender o que pessoas autodeclaradas pretas, pardas e indígenas têm percebido e o que elas desejam da Universidade nesse aspecto. Também há outras demandas que aparecem com o tempo, por exemplo, o concurso da Residência Médica que hoje tem vagas para cotistas”, exemplifica a professora.

A docente esclarece, ainda, sobre o alinhamento da Universidade com os órgãos federais de educação, sobretudo com base na Lei Federal 10.639. “A Universidade tem feito o possível para se aproximar da realidade dos estudantes e, gradativamente, também professores e funcionários, pois todos integram a sociedade e a comunidade de Taubaté”, comenta.

Canal para escuta da comunidade acadêmica

A Comissão Permanente de Relações Étnicas-raciais (CRER) é uma comissão institucional que atua lado a lado com as Pró-reitorias da Universidade a fim de acolher as demandas das pessoas pretas, pardas e indígenas que compõem a comunidade acadêmica. Uma das atuações da Comissão é coletar as percepções dos estudantes e acolher demandas específicas em ações de escuta ativa e também pelo formulário do Núcleo de Ações Afirmativas, vinculado à Pró-reitoria Estudantil. Para entrar em contato e fazer sugestões, clique aqui. Seus dados e a sua identidade serão mantidos em sigilo.

Daniel Bandeira, universitário do 4º semestre do curso de História, reconhece esse espaço como fundamental para ampliar as discussões sobre o tema. “Acho extremamente importante a gente ter esse espaço de diálogo para podermos pensar em outras propostas, e atividades que possam focar nessa parcela, que ainda é muito pequena na Universidade”, comenta. “Só com a presença dos universitários é que a gente vai poder pensar em atividades e propostas para que a Universidade se torne um lugar mais plural e mais acolhedor para a gente”, enfatiza o aluno.

Para Nicollas Lopes, do 4º semestre de História, esse diálogo precisa ocorrer com a frequência necessária para estabelecer o ambiente universitário como um local de alinhamento com as demandas contemporâneas. “Trazer esses assuntos, não só em datas específicas, ou em assuntos específicos em aula, é muito importante (...). Assim conseguimos tornar a Universidade mais inclusiva e mais diversa”, comenta o universitário, que ainda chama a atenção para que essa discussão seja feita em todas as áreas do conhecimento.

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ACOM/UNITAU