Iniciativa busca colaborar para que elas possam aprender a língua e aplicar o conhecimento no cotidiano (Foto: Eduardo Loreno/ACOM UNITAU)

Pedagogia UNITAU promove aulas de língua portuguesa para mulheres taubateanas e venezuelanas

Link curto: https://unitau.me/3Rnh8QN

10/06/2024 09h52 ⋅ Atualizada em 15/11/2024 10h26


Os alunos do Departamento de Pedagogia da Universidade de Taubaté (UNITAU) oferecem, desde meados do último mês, aulas de língua portuguesa para mães taubateanas analfabetas e refugiadas venezuelanas residentes em Pindamonhangaba e Taubaté. A iniciativa surgiu a partir da análise dos estudantes sobre as dificuldades linguísticas que essas mulheres enfrentam e busca promover conhecimento em torno da realidade em que elas estão inseridas.

A atividade é uma realização do projeto “Alfabetização e Letramento: Tempo de Aprender” coordenado pela Profa. Ma. Cássia Elisa Lopes Capostagno e conta com a participação dos alunos membros da Liga Acadêmica Educação para a Equidade (LAEE); além de parcerias com uma instituição religiosa do município e com a Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI), ONG responsável pela mediação da relação das refugiadas venezuelanas aqui no Brasil.

O ensino da língua portuguesa acontece por meio de encontros lúdicos, utilizando músicas e jogos com termos que compõem a realidade dessas mulheres analfabetas absolutas, ou analfabetas funcionais, ou que têm grandes dificuldades com a língua.

Aprendizado na prática

“A proximidade com a comunidade permite que os futuros pedagogos vivenciem situações práticas diante dessa vulnerabilidade que as pessoas se encontram, assim, a língua portuguesa vem como um mecanismo de emancipação e de consciência da realidade. Então, mais do que o estudo de palavras soltas, há o ensino da compreensão da realidade em que se vive”, afirma o Prof. Dr. Cesar Augusto Eugenio, doutor em Educação com pesquisa nas linhas de sociedade e processos formativos e Diretor do Departamento de Pedagogia da UNITAU. 

O docente completa ainda dizendo que a ação é absolutamente enriquecedora, promovendo uma educação voltada para adultos, pessoas de outra língua e adultos analfabetos. Essa experiência amplia a visão de educação e, sobretudo, do educador como um agente transformador.

Para a presidente da LAEE e aluna do 4º semestre do curso de Pedagogia, Samara Souza da Mata, esse projeto vem para melhorar o português das venezuelanas e não apenas ensinar a gramática do idioma. “[A iniciativa] ajuda no vocabulário e na pronúncia por meio de músicas, receitas e entrevista de emprego, além de auxiliar o desenvolvimento universitário, levando o conhecimento teórico para a prática. Essa é uma experiência incrível que favorece a sociedade”.

Extensão universitária

As ações da liga estão a todo vapor, no próximo semestre, o plano é fomentar e garantir ainda mais a equidade com um trabalho sobre inclusão e outro com a temática racismo. Ademais, a ideia é levar para as crianças, de uma maneira divertida, um trabalho também sobre a cultura africana e indígena nas escolas com o intuito de mostrar a equidade e o respeito para desenvolver um futuro melhor.
A Liga Acadêmica Educação para a Equidade (LAEE), vinculada à UNITAU, é a primeira liga estudantil do Campus de Humanidades e tem como lema a equidade para todos, sendo uma organização acadêmica empenhada em diferentes ações focadas no interesse da comunidade.

Vestibular de Inverno

As inscrições para o curso de Pedagogia e outros na área de Humanas estão abertas. O vestibular online é gratuito e pode ser feito a qualquer hora e a qualquer dia da semana. Para saber mais, clique aqui.

Eduardo Loreno
ACOM/UNITAU