Júlia Santos Pereira de Oliveira e o Prof. Dr. Julio Cesar Voltolini (Foto: Leonardo Oliveira/ACOM UNITAU)

Aluna da UNITAU é única selecionada do Brasil para participar de curso na Costa Rica

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05/06/2023 09h41

Agronomia, Biologia

 

Júlia Santos Pereira de Oliveira, egressa de Ciências Biológicas e aluna do 1° período de Agronomia, viaja no próximo dia 10 de junho para a Costa Rica, onde passará seis semanas realizando trabalhos de campo relacionados aos biomas de clima tropical.

Júlia será a única representante brasileira, e a terceira aluna da Universidade de Taubaté (UNITAU), a participar do curso internacional “Tropical Biology: An Ecological Approach”, oferecido pela Organization for Tropical Studies (OTS). Anualmente, a organização seleciona 20 estudantes, porém, apenas um por nacionalidade. Assim, Júlia será o Brasil na Costa Rica.

Com início no dia 12 de junho, o trabalho terá a duração de seis semanas e contará com a supervisão de renomadas autoridades da área de biomas de áreas tropicais. “Para muitos, é o melhor curso de campo em biomas de áreas tropicais. Por volta de 20 alunos ficam em reservas florestais da Costa Rica e, a cada semana, são transportados para uma nova reserva onde encontrarão três professores de universidades internacionais”, explica o Prof. Dr. Julio Cesar Voltolini, docente do curso de Ciências Biológicas.

A OTS oferece esse curso há quase seis décadas e utiliza um método de aprendizagem ativo para treinar ecologistas e biólogos evolucionários (que estudam a origem e a descendência das espécies) em um ambiente divertido e intenso de pesquisas. Durante os estudos, os participantes são estimulados a desenvolverem a experiência de pensamento crítico, de análise de dados, de comunicação científica, de trabalho em equipe, entre outras habilidades.

“Espero aprimorar o que recebi nesses quatro anos de Biologia e acompanhando o professor Voltolini, além de aprender coisas novas. Lá posso aprender uma metodologia científica diferente, como construir um projeto diferente. Vou aberta a tudo”, compartilha a bióloga.

A participação do professor Voltolini durante todo o processo de aplicação e os quatro anos de estudo foram essenciais para Júlia alcançar esse feito. “Fiquei sabendo do curso em 2019, quando entrei na UNITAU, pelo professor. Ele me preparou para como escrever um projeto, como analisar os dados, como pensar em perguntas, ele foi um mentor dentro da UNITAU. Até me emociono, é um agradecimento gigante que devo a ele. Também gostaria de deixar meu agradecimento aos demais professores da Biologia e da Agronomia que estão me dando dicas e todo o apoio nesse processo”, agradece Júlia.

O professor Voltolini conta que também participou desse curso, além de indicar outros dois alunos no passado, que atualmente trabalham na Bélgica e no Governo Federal. O biólogo destaca a importância da experiência interpessoal adquirida e do contato com pesquisadores de instituições renomadas.

“O trabalho é de 15 horas por dia, no mínimo, e você tem que lidar com pessoas de países e culturas diferentes. Precisa ter muito controle emocional e aprender a lidar com pessoas diferentes de você. Tem que ser diplomático e saber guiar sua equipe, um Big Brother da ciência. Além do contato com pesquisadores do Instituto Smithsonian, museus famosíssimos, Universidade da Flórida, Chicago”, descreve o professor.

De acordo com a OTS, a escolha da Costa Rica como local dos trabalhos em campo está relacionada à sua diversidade de ecossistemas em um espaço geográfico pequeno, onde é possível encontrar desde florestas úmidas a secas, de alta à baixa elevação. Além de contar com três estações de pesquisa: a La Selva Research Station, a Las Cruces Research Station e a Palo Verde Research Station.

A pesquisadora está nos preparativos finais para passar o período no território costa-riquenho. “Estou com uma expectativa bem alta porque acredito que vai ser uma guinada naquilo que sou agora como bióloga e pesquisadora para quando eu voltar. Estou num misto de ansiedade e confiança”, conta.

Samuel Guimarães

ACOM/UNITAU