Alunos do curso de Educação Física e atletas do Programa Esporte para Todos durante jogo (Foto: Leonardo Oliveira/ACOM UNITAU).

Alunos de Educação Física promovem partida de basquete adaptado com atletas do Programa Esporte Para Todos

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01/06/2023 09h55

Acessibilidade, Educação Física Adaptada, Educação Física

 

Com foco na promoção esportiva com acessibilidade, os alunos do curso de Educação Física participaram, na última quarta-feira (24), de uma vivência com basquete em cadeira de rodas, na quadra da Companhia Taubaté Industrial (CTI). Além de uma partida entre alunos e atletas usando o equipamento de apoio à mobilidade pessoal, o encontro também contou com compartilhamento de vivências dos esportistas.  Os times tiveram formação mista, ou seja, ambos os times contaram com alunos e atletas para que todos pudessem vivenciar a experiência.

A aula foi realizada em parceria com o Programa Esporte para Todos, um programa destinado a pessoas com deficiência em Taubaté, que conta com modalidades como: atletismo, bocha, basquete em cadeira de rodas, tênis de mesa, badminton, halterofilismo.

A diretora do Departamento de Educação Física, Profa. Ma. Fernanda Rabelo Prazeres, explica sobre a importância das atividades inclusivas no esporte. “O esporte é algo que pode permitir a inclusão de todos. Existem esportes e atividades físicas para qualquer tipo de pessoa, idade e limitação. Tudo pode ser praticado, desde que pensemos na adaptação. Além disso, os alunos precisam estar preparados para trabalhar com esse processo de inclusão”, analisa.

Alunos do curso de Educação Física e atletas do Programa Esporte para Todos (Foto: Leonardo Oliveira/ACOM UNITAU).

Superação e esporte

O ex-atleta profissional e hoje atleta social de natação e basquete em cadeira de rodas Adilson Presoto pratica esporte desde a década de 1990 e fala sobre a prática e sua história de superação: “Em 1986, sofri um acidente e lesionei a coluna, desde então fiquei paraplégico. Fiquei arrasado, pois, antes do acidente, eu tinha uma vida ativa e, por conta do acidente, minha vida mudou de forma drástica. Fiquei revoltado por uns cinco anos. Porém, com o tempo, a ficha foi caindo e fiz amigos e eles me apresentaram o esporte. Achei que não era para mim, só que, nesse tempo, também fui realizar um tratamento em Brasília e lá tive um contato maior com o basquete em cadeira de rodas e lá eu me apaixonei pela modalidade. O esporte me mostrou que o meu problema não pode ser algo central e que o mundo é igual para todos, com ou sem dificuldades, precisamos levantar a cabeça e ir à luta”.

Ele conta um pouco sobre sua trajetória como atleta. “Quando voltei de Brasília, formamos uma equipe e, juntos com a Prefeitura de Taubaté, fizemos várias apresentações, chegamos até em Minas Gerais. Disputamos também o Campeonato Paulista, foi uma experiência maravilhosa. Após o campeonato, conheci as técnicas de natação e nadar é algo que amo. Como nadador, tive a oportunidade de conhecer o centro paraolímpico em São Paulo”.

Aprendizado

O universitário do 1° semestre do curso de Educação Física Vitor Damazio avalia a relevância das atividades como essa em sua formação acadêmica. “É de extrema importância, pois vamos nos tornar profissionais de Educação Física e temos de estar preparados para trabalhar com todas as pessoas, e participar de uma atividade como esta facilita muito as coisas. Dessa forma, vamos conseguir trabalhar melhor.”

Elifas Magalhães 

ACOM UNITAU