Alunos e professores participaram de operações do Projeto Rondon em 2022 nas cidades de Calçoene (AP) e Grão Mogol (MG) | Arquivo pessoal/Divulgação

UNITAU cria Núcleo Rondon para a RMVale

09/01/2023 19h56

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A Universidade de Taubaté (UNITAU) inicia, em 2023, o planejamento para a implantação de ações regionais de extensão nos moldes do Projeto Rondon. A criação do Núcleo Rondon da Universidade de Taubaté (NR/UNITAU) foi aprovada em 15 de dezembro pelo Conselho Universitário (Consuni).

Caberá ao núcleo regional buscar parcerias com municípios interessados para que sejam desenvolvidos projetos voltados à melhoria da qualidade de vida das comunidades e à formação de lideranças comunitárias.

“Essa é mais uma oportunidade que a UNITAU proporciona para que nossos alunos se integrem aos territórios vizinhos para conhecer a realidade regional e para que sejam profissionais com uma formação sólida, ao lado do ensino e da pesquisa. O Rondon é um projeto tradicional. Temos professores que estão se aposentando e foram rondonistas. Essa experiência só tem a reforçar o compromisso da Universidade com as transformações das quais a sociedade tanto precisa”, afirma a Pró-reitora de Extensão, Profa. Dra. Letícia Maria Pinto da Costa.

Segundo a Profa. Dra. Amanda Romão de Paiva, que integra o grupo responsável pelo planejamento do NR/UNITAU, a ideia é lançar, em janeiro de 2023, um edital para que professores interessados possam submeter projetos de cunho extensionista. 

“Os professores escrevem a proposta e enviam para a gente. Na sequência, faremos a seleção dos projetos e dos alunos que deverão participar. Isso deve acontecer no primeiro semestre. E, no segundo semestre, teremos o treinamento das equipes. A ideia é ficar quatro dias na cidade, desenvolvendo atividades para a comunidade e para as lideranças comunitárias”.

A Professora Amanda participou, ao final de novembro, da XIV Reunião de Professores Rondonistas. O evento ocorreu no Centro Militar de Convenções e Hospedagem da Aeronáutica, em Salvador (BA). Os grupos de trabalho debateram temas sobre propostas avaliativas, institucionalização do Projeto Rondon dentro das Instituições de Ensino Superior e operações regionais realizadas pelas IES.

“Podemos enviar para o projeto Rondon pedidos de auxílio nas cidades, como a emissão de kits rondonistas e alojamento em quartéis. Também é interessante que a gente tenha uma outra Universidade junto para fazer uma parceria”.

Entre os alunos, a expectativa é a de que as ações regionalizadas possam colaborar com a formação acadêmica e com o desenvolvimento regional.

“Acredito que um Rondon Regional será importante para esse conhecimento coletivo, permitindo a formação pessoal dos alunos participantes, pois conhecer a cultura do entorno de cada região será uma grande oportunidade que vai enriquecer, qualificar os conhecimentos e isso gera resultados positivos para a atuação desses futuros profissionais”, destaca Camila Cristina Santos Afonso, estudante rondonista do 8º período de Ciências Biológicas da UNITAU.

Origens

A história do Projeto Rondon teve origem em julho de 1967, no atual Estado de Rondônia. A missão contou com a participação de 30 alunos e professores da Universidade do Estado da Guanabara, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Naquela operação, os rondonistas levantaram necessidades locais, de pesquisa e de assistência médica durante 28 dias. Em junho de 1968, foi criado o Grupo de Trabalho Projeto Rondon, subordinado ao então Ministério do Interior, efetivando a criação do Projeto Rondon.

A UNITAU é uma das instituições de ensino com participação ativa no projeto. Em 2022, foram enviadas duas equipes de professores e de alunos rondonistas para as cidades de Grão Mogol (MG) e Calçoene (AP). Em 2023, a Universidade deve submeter duas propostas no edital de chamamento para operações em Rondônia e na região do Pantanal.

ACOM/UNITAU