Dia Mundial do Combate à AIDS é celebrado em 1º de dezembro

UNITAU fortalece combate ao HIV no Vale do Paraíba

01/12/2022 11h42

UNITAU, Graduação, HIV, Medicina, Liga de Infectologia, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ONU, ODS ONU, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável N°3

 

Em 1995, o Brasil estava no pico da epidemia da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), com mais de 15 mil mortes no ano. Vinte e sete anos depois, apesar do desenvolvimento de tratamento e da queda na mortalidade relacionada ao vírus, a prevenção ainda é necessária e não deve ser um tabu.

O HIV surgiu de forma avassaladora na década de 1980, surpreendendo profissionais da saúde. “Pouquíssimos médicos cuidavam de AIDS, pouquíssimos dentistas eram especializados em AIDS. E o óbito acontecia em um estalar. Era diagnóstico, evolução péssima e em seguida o óbito. Não tinha remédio”, relembra a Profa. Dra. Stella Zöllner, do Departamento de Medicina da Universidade de Taubaté (UNITAU).

Com o passar dos anos, programas de prevenção e conscientização e a evolução do tratamento influenciaram no declínio da taxa de mortalidade por AIDS. “Não existe cura por enquanto, é uma doença crônica de longuíssima duração, mas controlável. Muito controlável perto do que era”, ressalta a professora. A queda nos índices de contágio e mortalidade causam uma falsa sensação de proteção, portanto, segundo a especialista, “a grande batalha é lembrar que a AIDS existe”.

A fim de reforçar aspectos como a prevenção e o respeito com as pessoas que convivem HIV/AIDS, no dia 1º de dezembro é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. Por uma decisão da Assembleia Mundial de Saúde, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), a data foi instaurada em outubro de 1987.

É com essa mesma finalidade que a Liga Acadêmica de Infectologia do Departamento de Medicina da Universidade de Taubaté (UNITAU) também atua. São organizadas ações de conscientização sobre as infecções sexualmente transmissíveis, incluindo HIV/AIDS, além de capacitação dos estudantes e promoção de saúde pública no estágio de observação no Ambulatório Municipal de Infectologia de Taubaté (AMI).

Acerca da HIV/AIDS, a Liga propõe um aprofundamento geral, abrangendo “o entendimento da epidemia iniciada na década de 80 e sua evolução até o momento atual, quais características, qual população que é abrangida nessa epidemia, todas as oportunidades de melhoras de tratamento, de controle e prevenção”, conta a professora Stella, coordenadora da Liga de Infectologia.

A Liga visa à conscientização, desmistificando a doença e reforçando que não há grupo de risco, apenas comportamento de risco: sexo sem proteção. Então é proposto “um enriquecimento de conhecimento, uma promoção da saúde, uma prevenção da doença e o lembrar a todos esse histórico. A epidemia de HIV/AIDS não acabou. Hoje temos um controle bastante eficiente da doença, mas ainda é uma doença crônica que não tem cura”, conclui a especialista.

Caio Pascoal

ACOM/UNITAU