Projeto conscientiza jovens sobre fake news em visita ao Jornal OVale

24/11/2022 14h46 ⋅ Atualizada em 24/11/2022 15h37

UNITAU, Graduação, Jornalismo, História, Extensão, A cultura que vale

 

Buscando conscientizar jovens sobre a produção jornalística e ensiná-los a questionar as informações recebidas, o projeto de extensão “A cultura que vale: conhecendo e preservando a história, a memória e o patrimônio do Vale do Paraíba”, coordenado pela Profa. Dra. Rachel Abdala, da Universidade de Taubaté (UNITAU), convidou alunos da E.E. Monsenhor Ignácio Gióia, de São Luiz do Paraitinga, para uma visita à sede do Jornal OVale.

Os estudantes, do ensino médio, foram recebidos por Guilhermo Codazzi, editor-chefe do veículo, tendo a oportunidade de aprender sobre fake news e liberdade de imprensa. Os alunos também puderam participar de uma visita guiada à redação do jornal.

O projeto visa à promoção da educação patrimonial nas escolas do Vale do Paraíba, além da valorização da identidade do patrimônio sociocultural das comunidades entre alunos de escolas da região. “Dentro da perspectiva da educação patrimonial, nós estamos trabalhando com alunos da escola Monsenhor Ignácio Gióia para desenvolver o sentimento de pertencimento. Nesse momento, o projeto está vinculado a uma disciplina eletiva no escopo do novo ensino médio”, esclarece a professora Rachel Abdala.

Os últimos anos foram marcados, internacionalmente, pela popularização da expressão fake news. Em 2020, uma pesquisa realizada pela Poynter Institute, escola de jornalismo e organização de pesquisa sem fins lucrativos, revelou que 44% dos adultos brasileiros recebem informações infundadas diariamente, dado agravado pelo avanço da tecnologia. “A indústria das notícias falsas encontrou nesse ambiente de inovação tecnológica, nas ferramentas de comunicação um terreno muito fértil para que informações falsas fossem difundidas e atingissem um universo maior de pessoas”, explica Guilhermo Codazzi.

Neste contexto de popularização das fake news em meio à tecnologia, fugir desse tipo de notícia é um desafio. “Todos que estão imersos nas redes sociais estão sujeitos a terem experiências com elas, e geralmente são péssimas. Conheço muita gente, inclusive da minha família, que acredita ou repassa, e nós temos que verificar a veracidade para poder desmentir”, coloca em perspectiva Maria Eduarda Dias Taborda, aluna do 2º ano do ensino médio na E.E. Monsenhor Ignácio Gióia.

Fortalecer o jornalismo é uma das bases para o combate às fake news, e a participação dos estudantes na atividade marca o estímulo ao desenvolvimento do senso crítico desde cedo. “O grande beneficiado de um jornalismo forte é a sociedade. Precisamos educar os jovens principalmente e depois multiplicar o conhecimento de como diferenciar uma notícia verdadeira de uma falsa. Essa questão é importantíssima e deve ser levada para a sala de aula”, destaca o editor-chefe de OVale.

Durante a visita, os estudantes puderam observar a importância da interdisciplinaridade entre História e Jornalismo. “Os jornalistas são considerados os historiadores do presente, e os historiadores utilizam muito do jornal como fonte histórica. Esse projeto, em particular, ofereceu a oportunidade para os alunos perceberem essa relevância e a articulação entre essas áreas do conhecimento”, pontua a professora Rachel Abdala.

Essa aliança entre a História e o Jornalismo proporcionou aprendizado inovador para os alunos. “Foram duas experiências que juntas montaram uma melhor ainda. A História entrou com conteúdo e o Jornalismo como uma nova maneira de transmitir esse conteúdo que a gente aprendeu”, comemora Maria Eduarda.

Samuel Guimarães

ACOM/UNITAU