Projeto de extensão busca acolhimento em favor da vida no Setembro Amarelo

08/09/2022 13h32

PREX, Projeto de Extensão, Prevenção, Solidariedade, UNITAU

 

Conscientização, informação e acolhimento em favor da vida integram os pilares do projeto de extensão “Prevenção ao suicídio de jovens”, desenvolvido pela Universidade de Taubaté (UNITAU) e que chega ao segundo ano de atividades neste Setembro Amarelo.

Em nível nacional, a campanha do Setembro Amarelo de 2022, realizada por meio de uma parceria entre a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), traz o tema "A vida é a melhor escolha". No Brasil, os registros de casos de suicídio se aproximam de 14 mil por ano, ou seja, em média 38 pessoas por dia tiram a sua própria vida.

Apesar da seleção do mês para destacar a temática, a integrante do projeto de extensão,  Profa. Dra. Lindamar Alves Faermann, avalia que essa é uma questão a ser abordada durante todo o ano.

“A campanha é legal, mas precisamos falar sobre isso todos os dias. Precisamos de uma política para um serviço sistematizado. Aprendemos que o suicídio é um fenômeno multicausal: temos causas psicológicas, biológicas, ambientais e sociais. Mas, hoje, o que está pesando é a causa social por conta do tipo de sociedade em que a gente vive.”

O individualismo, a falta de perspectivas, a competitividade e a fome são apontados pela professora como componentes de instabilidade. “O que leva a pessoa à ideação suicida, não é mimimi, não é desocupação. Mais de 90% dos casos de suicídio têm um componente de saúde mental. As pessoas estavam adoecidas já.”

Para 2022, as prioridades do projeto são a busca por uma sede física que facilite os atendimentos presenciais e o fortalecimento da rede de apoio voluntário. Entre as atividades já confirmadas para setembro está a roda de conversa “Caminhos de superação”, que acontece às 16h30 do dia 13 no Lounge Bar La Casa. Essa será uma atividade voltada à comunidade LGBTQIAPN+.

“Começamos neste ano nas escolas, com rodas de conversa, palestras, bate papo. Em termos de público vulnerável, temos os adolescentes e jovens e os idosos. E entre esses jovens, negros e lgbts são ainda mais vulneráveis pela questão do preconceito, da discriminação”, afirma a professora.

Quem quiser se manter atualizado sobre o projeto pode acessar o instagram do projeto. Voluntários também são aceitos na equipe.

“A gente implantou o projeto em 2020 e veio a pandemia. Fizemos muitas lives, palestras, atingimos um público legal. Temos um roteiro de orientação e de indicação. Se a gente salvou uma vida nesses dois anos, já é muita coisa. Temos o desejo de sistematizar esse projeto na UNITAU, de ter um espaço físico para atender a população, ajudar as pessoas que estão buscando caminhos para tratar essa dor.”

ACOM/UNITAU