Startup de professor e de egresso da UNITAU disputa projeto internacional de energias renováveis

11/07/2022 13h53

Professor, Sustentabilidade, Meio Ambiente, Pesquisa Científica, UNITAU, Aluno

 

Professores e alunos da Universidade de Taubaté (UNITAU) que integram a startup Sanergya estão entre os selecionados pelo Programa de Inovação em Hidrogênio Verde (iH2 Brasil) para o desenvolvimento de projetos destinados a energias renováveis, em uma parceria entre o Brasil e a Alemanha.

O iH2Brasil tem como objetivo fortalecer o ecossistema brasileiro de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I), por meio do apoio a soluções para toda cadeia produtiva de hidrogênio verde. O projeto é uma realização da Aliança Brasil-Alemanha para o Hidrogênio Verde, com apoio da agência alemã de cooperação internacional - Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH (GIZ) e do Ministério de Minas e Energia (MME).

A primeira etapa do processo seletivo contou com a inscrição de 170 participantes, dos quais 30 foram escolhidos para avaliação. A Sanergya ficou entre as oito startups brasileiras finalistas que passarão por um processo de aceleração.

“Apresentamos um projeto para um kit enriquecedor de biogás utilizando o hidrogênio verde. Esse kit pode ser instalado em qualquer biodigestor, seja no Brasil ou na Alemanha, é uma tecnologia ecossustentável e que trabalha em ciclo fechado, com o aproveitamento dos resíduos gerados”, afirma o Prof. Dr. Ederaldo Godoy Junior, do Departamento de Engenharia Mecânica da UNITAU e diretor da Sanergya.

O evento de premiação e apresentação das oito startups selecionadas aconteceu de forma virtual no dia 1 de julho.

A Sanergya conta atualmente com três bolsistas da UNITAU beneficiados pelo programa ICT Catalisa do Sebrae. Fabricio Farinassi, egresso do mestrado em Engenharia Mecânica e ex-aluno do professor Ederaldo, divide com ele o comando da startup. Com a participação no iH2Brasil, a ideia é ampliar a equipe de pesquisadores bolsistas e também captar recursos que possam ser empregados na modernização dos laboratórios da Universidade.

“Já enviei um vídeo para fazer a defesa de nosso projeto na Alemanha. É uma oportunidade para conseguir investidores e uma empresa alemã para trabalhar com a gente. O GIZ tem uma previsão de investir 10 milhões de euros por ano em instituições brasileiras para laboratórios de energia renovável e concessão de bolsas a alunos de graduação e mestrado para receber treinamento”, destaca o professor.

O envolvimento da Universidade com o desenvolvimento de matrizes energéticas alternativas vai ao encontro das diretrizes estabelecidas pelo Centro UNITAU Sustentável (CEUS), lançado em 22 de março. Entre as atribuições do CEUS, por exemplo, estão: fomentar uma cultura de sustentabilidade ambiental junto a alunos, a professores e a funcionários da Universidade, promover ações de intercâmbio, buscar parcerias com empresas e desenvolver e coordenar estudos voltados à temática.

“Precisamos desenvolver massa pensante para pensar em energias alternativas. Nesta década temos o biometano e a próxima década será a vez do hidrogênio verde”, conclui o pesquisador.

ACOM/UNITAU