Experiência profissional em museus complementa formação dos estudantes

17/05/2022 20h36

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Os museus são essenciais para a preservação da história e da cultura da sociedade, conectando passado, futuro e presente. Considerando a relevância dessas instituições, o Conselho Internacional de Museus (ICOM) criou o Dia do Museu, comemorado em 18 de maio de 1997.

Por trás de cada visita a um museu, existe uma equipe dedicada ao cuidado das peças em exposição e à experiência dos visitantes. No Museu Didático do Corpo Humano da Universidade de Taubaté (UNITAU), essa equipe é formada pelo Prof. Dr. Rafael Rodrigues, responsável pelo espaço, e pelos bolsistas que garantem a conservação do acervo e guiam as explicações.

A Giulia Tuan, aluna do 7° semestre de Biologia da UNITAU, faz parte dessa equipe. “Eu fico estudando as peças, fazendo manutenção e cuidando do Museu para, quando tiver visita, guiar os visitantes e fazer a explicação corretamente”, pontua.  Ela conta que a função desempenhada complementa o aprendizado da sala de aula. “As peças são muito legais porque são desmontáveis, dá para ver onde fica cada órgão, é muito mais fácil de entender do que no livro”, completa.

O incentivo acadêmico para a atuação de estudantes em museus está presente em departamentos de todas as áreas de conhecimento, como aponta a Profa. Dra. Rachel Duarte Abdala, do Departamento de Ciências Sociais e Letras. “Trabalhar em museus complementa a formação deles. Além de alunos de História, alunos do curso de Biologia trabalham em museus, como o de História Natural, porque é importante para a experiência social”, ressalta.

Um exemplo desse estímulo é o projeto Solar do Café da UNITAU, que reúne professores e alunos, bolsistas ou voluntários, nos bastidores da criação de um museu. A Profa. Rachel explica que os estudantes estão fazendo a pesquisa teórica e buscando dados sobre os diferentes usos do café para a exposição. A voluntária Mariana Morais Freitas da Silva, do 5° semestre de História, acredita que a experiência será engrandecedora. “Vou me sentir uma historiadora profundamente satisfeita em passar conhecimento para a população, principalmente à população taubateana”, comenta.

A bolsista Júlia Carolina da Silva Azevedo, também do 5° semestre de História, já trabalhou em outros museus municipais, mas a experiência de montar uma exposição desde o início chamou a atenção dela. “Quando eu soube da oportunidade de participar da criação de um museu me encantou muito e não pude perdê-la”, finaliza.

A previsão é que o Solar do Café seja inaugurado em dezembro de 2022. A proposta é utilizar a área externa e o piso superior do Solar da Viscondessa, imóvel histórico onde funciona a Pró-Reitoria de Extensão (PREX) da UNITAU. O projeto é dividido em oito áreas. Entre elas, por exemplo, estão espaços para uma contextualização histórica, informações técnicas a respeito da fruta, relações com a tecnologia e a sustentabilidade, além da área externa com um terreiro e o plantio de mudas.

Ana Julia Moreira

ACOM/UNITAU