Dia internacional da enfermagem reforça luta pela valorização da profissão

10/05/2022 20h51 ⋅ Atualizada em 11/05/2022 15h09

Residência em Enfermagem, Egressa, Reconhecimento, Enfermagem

 

Em homenagem a Florence Nightingale, pioneira da enfermagem moderna, em sua data de aniversário, 12 de maio, é comemorado o Dia Internacional da Enfermagem e do Enfermeiro. No Brasil, a comemoração é estendida durante uma semana inteira, até 20 de maio, homenageando também Ana Néri, enfermeira brasileira que faleceu nesta data, no ano de 1814.

Garantir a aplicação correta dos tratamentos, realizar os primeiros socorros e zelar pelos pacientes são algumas das funções do enfermeiro. Segundo a Profa. Dra. Vânia Maria de Araújo Giaretta, do Departamento de Enfermagem da Universidade de Taubaté (UNITAU), entretanto, a profissão vai muito além. “É um profissional extremamente capacitado e habilitado para conversar com seus pacientes e promover o cuidado de todos os indivíduos nas diferentes idades”, afirma.

A importância do enfermeiro ficou ainda mais evidente em meio à maior crise sanitária dos últimos anos, com a pandemia de Covid-19. “O enfermeiro é um profissional que cada ano é mais necessário para que promova o cuidado", ressalta a Profa. Vânia. No entanto, o profissional não recebe reconhecimento à altura das funções que desempenha. Por isso, desde 2020, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) promove uma campanha de valorização, que luta pelo reconhecimento profissional e financeiro dos enfermeiros.

Os dados mais recentes do Cofen, divulgados no início de 2022, mostram que, nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, o país soma mais de 600 mil enfermeiros ativos. Com o mercado competitivo, surge a necessidade de aperfeiçoar o exercício profissional. É o caso da egressa de Enfermagem da UNITAU Heloísa Paula Bueno de Aquino, que conquistou o 10° lugar na prova para a residência em Clínico-Cirúrgica no Hospital Sírio Libanês em 2021.

Seguir trabalhando em hospitais e clínicas médicas é o caminho mais natural para um recém-graduado. Porém Heloísa, durante os quatro anos de curso, decidiu que, ao se formar, iria unir o trabalho ao estudo para se aperfeiçoar. “Comecei a pensar na residência por volta do terceiro semestre, como um desejo, uma vontade. No início de 2020, já comecei a mapear os assuntos mais cobrados nas provas e tracei algumas metas de estudo”, relembra a residente.

A professora Vânia conta que essa etapa deixa o profissional muito mais preparado para que possa desenvolver o trabalho durante a carreira. “A residência traz um desenvolvimento muito maior para o profissional. Principalmente para um recém-formado, quando sai da faculdade e vai para uma residência, ele adquire uma bagagem profissional para conseguir se colocar melhor no mercado”, pontua.

A egressa planeja terminar a residência e se tornar especialista em UTI, com mestrado e doutorado, pois acredita que o aperfeiçoamento é o caminho para oferecer melhor cuidado aos pacientes. A Profa. Vânia concorda e reforça a importância da especialização e da valorização, considerando que o profissional “faz parte da saúde pública, da saúde privada, faz parte da saúde de uma população”, finaliza.

 

Ariane Galhardo
ACOM/UNITAU