UNITAU integra parceria internacional para alternativas sustentáveis na aviação

05/05/2022 18h09 ⋅ Atualizada em 06/05/2022 13h08

Iniciação Científica, Pesquisa Científica, Sustentabilidade, Tecnologia, UNITAU

 

A Universidade de Taubaté (UNITAU) passa a integrar um grupo de instituições de ensino e pesquisa do Brasil responsáveis por ajudar a disseminar o desenvolvimento de matrizes energéticas alternativas, com destaque para o setor aeronáutico.

A iniciativa acontece por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que desenvolveu uma parceria com a Agência Alemã de Cooperação Técnica (GIZ) e o Centro Aeroespacial Alemão (DLR). A ideia é buscar alternativas sustentáveis para a matriz de transporte e reduzir a dependência do petróleo.

Para se ter uma ideia, o querosene de aviação apresentou uma alta de 92% em 2021 no país. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), de 1º de janeiro a 1º de maio deste ano, a alta acumulada do combustível chega a 48,7%, o que potencializa impactos negativos para um setor já desgastado por dois anos de pandemia.

Entre as ações promovidas para disseminar o conhecimento técnico e capacitar mão de obra para o mercado de trabalho, o MCTI reuniu, nesta semana, entre os dias 2 e 6 de maio, professores e pesquisadores em uma capacitação realizada no Rio de Janeiro.

“Estamos aprendendo a promover a descentralização da produção de querosene de aviação de uma forma totalmente sustentável e sem depender de petróleo, uma forma da aviação não ser mais uma refém dos grandes produtores de petróleo. Eu, especificamente, estou aprendendo a produzir querosene de aviação sustentável a partir de biogás com hidrogênio verde”, afirma o Prof. Dr. Ederaldo Godoy Junior, do Departamento de Engenharia Mecânica da UNITAU.

O pesquisador, que representou a UNITAU na capacitação, disse que o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Alvim, garantiu investimentos para o setor. O ministro participou da aula inaugural no dia 2 de maio. “O ministro Paulo Alvim prometeu grandes investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação, tanto para o fomento quanto para unidades-piloto com o objetivo de desenvolver essa nova cadeia produtiva”.

O Prof. Ederaldo lembrou ainda a localização estratégica da UNITAU no Vale do Paraíba, polo industrial e que conta com unidades da Embraer em São José dos Campos e Taubaté. De acordo com um levantamento do linkedin, 488 ex-alunos da Universidade trabalham na empresa aeronáutica.

O envolvimento da Universidade com o desenvolvimento de combustíveis alternativos também vai ao encontro das diretrizes estabelecidas pelo Centro UNITAU Sustentável (CEUS), lançado em 22 de março. Entre as atribuições do CEUS, por exemplo, estão: fomentar uma cultura de sustentabilidade ambiental junto a alunos, a professores e a funcionários da Universidade, promover ações de intercâmbio, buscar parcerias com empresas e desenvolver e coordenar estudos voltados à temática.

“Essa iniciativa é muito importante porque o transporte aéreo é uma atividade que consome muita energia não renovável. Ao substituirmos por essa tecnologia, iremos atender o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7 da ONU, que trata de energias renováveis”, reforça o Prof. Dr. Paulo Fortes, coordenador do CEUS.

Já a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Profa. Dra. Sheila Cavalca Cortelli, destaca que a adesão da UNITAU ao programa do governo federal traz benefícios para a formação de novos pesquisadores.

“Tais iniciativas estimulam o pensamento crítico sobre temas relevantes, o que pode ocorrer precocemente na formação profissional por meio dos programas de iniciação científica e tecnológica. Isso permite que a Universidade utilize seus recursos humanos em prol da ciência que impacta positivamente a sociedade, além de contribuir para a capacitação técnica, já que essas oportunidades geram amplos campos de experimentação”.

ACOM/UNITAU