Informação responsável é pauta essencial na consolidação da imprensa livre

02/05/2022 19h23

Estágio, Imprensa, Comunicação, Jornalismo

 

Para celebrar o direito de todos os profissionais da mídia de investigar e publicar informações de forma livre, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) criou o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. A data foi criada em 1993, após uma Assembleia Geral das Nações Unidas, e é comemorada em 3 de maio.

Apesar de comemorativa, a data surge de um cenário desafiador, em que jornalistas são perseguidos por informações apuradas e publicadas. Para o Prof. Dr. Galvão Júnior, do Departamento de Comunicação Social da Universidade de Taubaté (UNITAU), o combate a essa perseguição é fundamental. “A liberdade de imprensa é um dos valores mais importantes da sociedade contemporânea, porque sem imprensa livre, não há democracia”, afirma.

Durante a ditadura militar, instaurada em 1964, a imprensa foi alvo de censura em múltiplas formas. Uma delas foi a Lei da Imprensa de 1967, que regulava a liberdade de manifestação do pensamento e de informação. Apesar de a ditadura ter acabado em 1985, os jornalistas vivem um momento crítico na profissão, especialmente devido às fake news, como são popularmente conhecidas as notícias falsas. Por meio da disseminação delas, o trabalho do profissional da imprensa perde credibilidade.

Para o professor, o fenômeno das fake news coloca os jornalistas, principais operários da imprensa, à margem. “A partir do momento que o jornalista e a imprensa perdem o protagonismo para as fake news, a imprensa é calada e faz com que ela perca sua liberdade", completa o professor.

As aulas do curso de Jornalismo da UNITAU sempre incentivam a busca pela informação de forma livre. Seja na aula teórica ou na prática, a Universidade mantém um compromisso com a comunidade em prol da liberdade e da transformação social.

“As disciplinas teóricas que os cursos de Comunicação, principalmente o Jornalismo, oferecem, têm o intuito de gerar uma reflexão nos alunos e fazer com que eles entendam que cada atividade desenvolvida exige a compreensão do papel profissional que cada um vai desempenhar nas mais diversas áreas, tendo consciência do seu papel social, como formador de opinião e como agente transformador da sociedade”, avalia o Prof. Galvão.

Os alunos levam estes ensinamentos para os estágios, principalmente os que seguem para veículos de comunicação. É o caso do Matheus Agostinho, aluno do 5º semestre de Jornalismo e estagiário da TV Band Vale. “No estágio, a gente aprende na prática como funciona a relação da mídia com a imprensa e como as duas partes têm que estar unidas e em sintonia”, explica.

Estar no mercado enquanto estudante possibilita que o jornalista em formação ensaie os próximos passos a seguir na profissão e aprenda além da notícia. “Trabalhando na imprensa, é possível aprender e desenvolver muito o lado humano e mais ainda o lado profissional, já que o estagiário está diretamente conectado à profissão”, conta Matheus.

O estudante também ressalta a importância da Universidade no processo de crescimento profissional. “O curso completa tudo que aprendemos no estágio. Nas aulas, aprendemos os valores que a imprensa tem e a forma com que o trabalho deve ser realizado para termos o melhor resultado possível. Os valores da imprensa também são colocados em debates durante as aulas, dando diversas noções do que devemos ou não fazer em determinada situação, como a imprensa deve se posicionar sobre os assuntos que ocorrem no dia a dia, para que possamos utilizar da nossa liberdade, sem passar dos limites”, finaliza o aluno.

Pedro Boaventura

ACOM/UNITAU