Pesquisa da UNITAU busca identificar casos de câncer bucal pela saliva

07/04/2022 19h32 ⋅ Atualizada em 14/04/2022 09h24

Odontologia, Saúde bucal, Saúde, Pós-graduação, Pesquisa

 

A Universidade de Taubaté (UNITAU) recebeu, em março deste ano, aval da Fundação de amparo à pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para iniciar uma investigação inovadora que pretende identificar, em tempo real, casos de câncer bucal por meio da saliva.

A pesquisa “Análise de saliva por espectroscopia vibracional: uma abordagem inovadora para investigação em tempo real” será desenvolvida até 2027 com investimentos de cerca de R$ 600 mil. A primeira fase dos estudos deve envolver avaliações em cerca de 500 pacientes, com a colaboração de representantes de Instituições de ensino superior do Brasil, França, Escócia e Irlanda.

O coordenador da pesquisa é o Prof. Dr. Luis Felipe das Chagas e Silva de Carvalho, que integra o corpo docente do curso de pós-graduação em Ciências da Saúde da UNITAU. “Demos entrada no processo para o programa Jovens pesquisadores em centros emergentes da Fapesp em outubro de 2017. Foram quase cinco anos até eles liberarem.  Teremos a participação de profissionais e de acadêmicos de diferentes áreas, como Odontologia, Medicina, Biologia, Engenharia Biomédica, Química, Física e Ciência da Computação”.

Prof. Dr. Luis Felipe Carvalho

De acordo com o professor Luis Felipe, o principal objetivo é conseguir identificar os casos de câncer bucal no menor tempo possível para a adoção de condutas. “Quanto mais rápido, melhor para o paciente. O câncer bucal é mutilador”.

De acordo com uma estimativa do Instituto nacional do câncer (INCA) divulgada para o triênio 2020/2022, a cada ano devem ser diagnosticados, no Brasil, 11.180 casos novos da doença em homens e 4.010, em mulheres. As regiões Sudeste e Sul apresentam as maiores taxas de incidência e de mortalidade da doença.

O coordenador da pesquisa já iniciou os trâmites para a importação de um espectrômetro FTIR. O equipamento virá da Alemanha ao custo de cerca de R$ 200 mil e permitirá a espectroscopia de infravermelho, uma técnica amplamente utilizada na análise de materiais.

“Iremos avaliar se a análise espectroscópica vibracional da saliva é uma técnica útil para o diagnóstico de câncer em estágios iniciais”, complementa o pesquisador.

ACOM/UNITAU