Setembro Vermelho alerta sobre doenças do coração

28/09/2021 16h21 ⋅ Atualizada em 01/10/2021 18h00

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O Dia Mundial do Coração é celebrado em 29 de setembro, e é cada vez mais importante para conscientizar a população da necessidade constante de práticas saudáveis.

A data foi escolhida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) justamente porque as doenças do coração são a principal causa de morte no mundo. “São mais de cem mortes por dia, cerca de 46 por hora, uma morte a cada um minuto e meio. A Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que, ao final deste ano, quase quatrocentos mil brasileiros morrerão por doenças do coração. Muitas dessas mortes poderiam ser evitadas com cuidados preventivos e medidas de tratamento”, afirma o Prof. Dr. Kleber Hirose, especialista em Cirurgia Cardiovascular e Estimulação Cardíaca Artificial e professor de Cirurgia do Departamento de Medicina da Universidade de Taubaté (UNITAU).

A população deve ficar atenta aos fatores de risco: “A ingestão de álcool, o colesterol elevado, o diabetes, o estresse, a hipertensão, o sedentarismo, a obesidade e o tabagismo”, esclarece o professor.

O especialista ainda recomenda: “Na presença de sintomas como dor torácica em específico, ou com irradiação para o ombro esquerdo, pescoço, membro superior esquerdo, abdominal na região do estômago, ou qualquer desconforto, procure atendimento médico imediato”.

O mês de setembro, além da denominação de Setembro Amarelo e Verde, também promove a conscientização sobre as doenças cardiovasculares por meio do Setembro Vermelho, iniciativa criada em 2000 pela Federação Mundial do Coração com o apoio das Nações Unidas. O mês foi escolhido justamente por terminar com o Dia Mundial do Coração.

Com a pandemia e o isolamento social, as pessoas deixaram de ir a locais fechados para se exercitar, mas o sedentarismo pode ser combatido mesmo dentro de casa. “Apesar das medidas de distanciamento social, é possível realizar atividade física em casa e em ambientes externos, com o uso de máscara e distanciamento social”, declara o professor.

A prática de exercícios físicos deve ser feita cuidadosamente, de acordo com o professor. “Caso haja dúvidas, necessidade de orientações, histórico familiar de infarto ou morte súbita, antes de iniciar a atividade física regular, principalmente a partir dos 40 anos, ou idade inferior com sintomas, procure agendar consulta com brevidade com um cardiologista”.

Segundo o professor, além do sedentarismo, é importante também se manter atento a uma alimentação saudável principalmente com legumes, verduras e determinados tipos de frutas. Aveia, azeite de oliva, salmão, atum, suco de uva integral, maçã e as oleaginosas também são importantes alimentos que beneficiam o coração.

O Ministério da Saúde disponibiliza a Dieta Cardioprotetora Brasileira, desenvolvida em conjunto com o Hospital do Coração (HCOR), a fim de prevenir as doenças cardiovasculares e por ser adaptável em todo o território nacional. A dieta recebe as cores da bandeira nacional e é composta pelas categorias verde (consumir em maior quantidade), amarela (consumir com moderação) e azul (consumir em menor quantidade).

Grupo verde: Composto por frutas, verduras, legumes, feijão, leite e iogurte desnatado, por exemplo. São opções que podem ser consumidas mais vezes ao dia. São considerados os alimentos mais cardioprotetores, que só têm nutrientes bons, como antioxidantes, fibras, vitaminas e minerais.

Grupo amarelo: É formado por arroz, macarrão, pão, margarinas, óleos e castanhas, entre outros. Devem ser consumidos de forma moderada, por fornecer mais energia e carboidratos.

Grupo azul: São alimentos como carnes vermelhas, ovos, manteiga e queijos, que precisam ser ingeridos em menor quantidade ao longo do dia, por causa da quantidade de gordura saturada, colesterol e sódio, mas que, ao mesmo tempo, também são necessários para a nossa saúde.

Foto: Leonardo Oliveira 

Giovana Vasconcelos
ACOM/UNITAU