Dia nacional da ciência marca acessibilidade do conhecimento

06/07/2021 17h08 ⋅ Atualizada em 07/07/2021 09h33

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Para dar visibilidade às produções científicas e divulgar esse conhecimento para a comunidade de forma democrática, ou seja, tornar a ciência acessível a todos, comemora-se, em 8 de julho, o Dia Nacional da Ciência e o do Pesquisador Científico.

A Profa. Dra. Sheila Cavalca Cortelli, Pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade de Taubaté (UNITAU), reforça a importância da data e o papel fundamental do cientista nesse processo. “Cabe a nós, pesquisadores, falar sobre ciência de forma simples e acessível para que, gradativamente, ela se torne parte do cotidiano da população.  A figura do profissional cientista deve ser simplificada também”.

A ciência nunca esteve tão em foco como agora, isso porque a pandemia causada pelo coronavírus mostrou que a vida depende da ciência. A pesquisa científica desempenha um papel de transformação dos aspectos sociais, econômicos e ambientais.

 “Quando falamos em pesquisa, aliamos tanto a científica quanto a tecnológica, que gera riquezas e traz soluções. A pesquisa só tem sentido quando, em algum momento de sua evolução, beneficia a comunidade em algum nível. Essa é uma das prerrogativas da Universidade”, comenta a professora.

Apesar de ser fonte de conhecimento para muitas questões da humanidade e as respostas resultarem em melhorias e evoluções, o cenário atual não é dos melhores para os pesquisadores. Em momentos de crise econômica, os recursos financeiros ficam mais escassos e a disponibilidade tende a se concentrar em poucas áreas. Isso torna o desafio de captar recursos e comprovar a relevância de uma pesquisa em particular ainda maior.

“Temos de lutar a fim de impedir a estagnação das áreas do conhecimento mais afetadas. Particularmente, o Brasil ainda carece de aporte da iniciativa privada nos segmentos de pesquisa e desenvolvimento. Essa situação já foi pior, mas precisa avançar e muito”, ressalta a Pró-reitora.

Neste momento de calamidade no país, a ciência é a saída. Prova disso são as vacinas e os medicamentos produzidos para combater o coronavírus, além dos avanços em questões comportamentais, como, por exemplo, o distanciamento social, a importância da higiene e o uso de máscaras.

Pesquisadores da pós-graduação em Odontologia da UNITAU, por exemplo, participam de uma investigação científica para avaliar a contaminação de ambientes clínicos pelo SARS-CoV-2, causador da pandemia. Essa pesquisa integra um amplo projeto de abrangência nacional coordenado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com a participação de  outras instituições.

Com um olhar otimista e voltado para o futuro, a professora Sheila acredita em uma ciência cada vez mais próxima da comunidade e a pesquisa contribuindo com a construção de pessoas mais conscientes, tanto na perspectiva individual quanto na coletiva. “A geração e transferência de conhecimento por meio da ciência e da pesquisa definem um país. E, sobretudo, como ele é visto pelo mundo”, finaliza.

Thaiz Wertz
ACOM/UNITAU