Roda de conversa internacional debate formação docente para a diversidade

07/05/2021 14h30 ⋅ Atualizada em 08/05/2021 19h26

Roda de conversa, Acontece, Inclusão, Educação, Mestrado, Internacional

 

O mestradoprofissional em educação (MPE) da Universidade de Taubaté (UNITAU) promove no próximo sábado, dia 8 de maio, uma roda de conversa internacional com representantes da Universidade de Lisboa e da Universidade São Caetano do Sul para debater a formação docente para a diversidade no Brasil e em Portugal.

O evento remoto acontece a partir das 14h, por meio da plataforma zoom, e contará com a presença do Prof. Dr. Joaquim Melro (Universidade de Lisboa e Centro de formação de escolas António Sérgio) e da Profa. Dra. Adriana de Jesus Arroio Agostini (Grupo de pesquisa Acessi e Universidade São Caetano do Sul – USCS). Caberá à Profa. Dra. Suelene Regina Donola Mendonça, do MPE da UNITAU, a mediação do encontro.

“Achamos incrível essa possibilidade de promover uma troca de experiências e de conhecimentos em nível interinstitucional e internacional. A Profa. Adriana faz um trabalho muito bacana com o grupo de pesquisa Acessi. E o Prof. Melro tem pesquisas voltadas para a surdez e para o Desenho universal da aprendizagem (DUA). Buscamos com as nossas atividades no mestrado garantir práticas inclusivas de aprendizado”, afirma a Profa. Suelene.

Segundo Suelene, a disciplina de práticas inclusivas do MPE, cujas aulas em 2021 começaram em março, busca um olhar mais amplo sobre a questão da deficiência. “A deficiência em si não vai definir a pessoa. Existem outras questões, como raça, gênero e classe social”.

E foi justamente na arquitetura que os pesquisadores buscaram referências para começar a entender como proporcionar a inclusão. O DUA é um dos conceitos trabalhados pelo mestrado. “O DUA surge a partir de uma perspectiva da arquitetura: que ela seja acessível a todos. A ideia é que seja bom para todo mundo, pensar no uno e no todo. Colocar-se no lugar do outro e otimizar as possibilidades de aprendizado”, avalia a mediadora.

Suelene cita como exemplo de prática inclusiva o caso de uma sala com um aluno portador de paralisia cerebral. Esse aluno necessitava de um colchão para poder descansar por alguns períodos devido ao esforço muscular. O professor conseguiu o colchão para ele e também para os demais alunos da classe, de forma que todos pudessem partilhar uma experiência semelhante.

“Também é importante proporcionar múltiplos meios de representação, de envolvimento, outros meios de ação e de expressão. Não é tarefa fácil. Não aprendeu na lousa? Pensa em outro jeito”.

Outro conceito trabalhado pelo mestrado é o coensino, ou ensino colaborativo. “A ideia é que duas ou mais pessoas trabalhem juntas, um professor da 4ª série e um especialista, por exemplo. Temos algumas limitações, como o tempo que esses profissionais terão de dedicar ao trabalho em conjunto. Alguns estágios devem ser cumpridos para se chegar a esse estado colaborativo. Desenvolver um clima de confiança, amizade, pensamentos em conversão”, completa Suelene.

O MPE da UNITAU abriga o grupo de Pesquisa intitulado Educação: desenvolvimento profissional, diversidade e metodologias. Dentro dessa área estão abrangidas duas linhas: inclusão e diversidade sociocultural e formação docente e desenvolvimento profissional. Mais informações sobre o curso podem ser obtidas aqui.

 

ACOM/UNITAU