Avanços tecnológicos demandam qualificação em pós-graduação

19/03/2021 09h14

ALUNO, Desenvolvimento profissional, Engenharia Mecânica, Mestrado, Especialização

 

Em um cenário de profundas transformações, a apropriação de avanços tecnológicos faz a diferença no mundo corporativo, com uma busca cada vez maior por profissionais qualificados, e tem efeito imediato no meio acadêmico.

Esta realidade é demonstrada por uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), encomendada ao Instituto FSB Pesquisa. De acordo com o levantamento, entre as empresas que têm até três tecnologias integradas aos processos, 54% já registram, atualmente, um lucro igual ou maior que o período pré-pandemia. E, para 21% dos entrevistados, a falta de mão de obra qualificada é o terceiro maior obstáculo para inovar, perdendo apenas para a falta de capital e para dificuldades de acesso ao crédito.

“O desafio atual é produzir rápido, de forma eficiente e sem muitas perdas para se tornar competitivo e apresentar um produto com custo menor. Para se manter no mercado hoje, investimentos em pesquisa e desenvolvimento são fundamentais”, afirma o Prof. Dr. Evandro Luís Nohara, coordenador do Mestrado Profissional em Engenharia Mecânica da Universidade de Taubaté (UNITAU).

Nohara cita como exemplo a busca cada vez maior pelas empresas por profissionais com títulos de especialização, mestrado ou doutorado. “Em uma multinacional, o funcionário que almeja fazer uma carreira profissional e lidar com equipamentos avançados precisa estar preparado. A capacidade de resolver problemas passa por todo o mestrado”.

Para Nohara, as instituições de ensino também devem estar antenadas com essa dinâmica e buscar, de forma constante, investimentos. A UNITAU, por exemplo, articula sua participação no programa Finep 2030 para desenvolver a cadeia do setor automotivo, por meio do fomento a projetos de todos os níveis de maturidade tecnológica. Esse programa terá R$ 70 milhões de recursos da Finep e pretende captar, em cinco anos, mais R$ 200 milhões junto a empresas habilitadas no Programa Rota 2030 - Mobilidade e Logística. “Nós, do mestrado profissional, estamos tentando submeter um projeto na Finep 2030. A realidade das empresas também vale para as universidades, que devem buscar investimentos para infraestrutura e novas tecnologias”.

Integração

Outro desafio que se apresenta neste contexto é a formação de um profissional que consiga integrar diferentes tecnologias aos processos produtivos do chamado “chão de fábrica”. “Há algum tempo, você já vinha ouvindo falar da indústria 4.0, só que agora as ideias vão ser implementadas com maior velocidade nos processos industriais. A grande sacada é utilizar tecnologias, como a inteligência artificial e o machinelearning (aprendizado de máquina), na automação industrial. Falta, hoje, no mercado esse cara que entenda de automação e dessas tecnologias”, destaca o coordenador do curso de especialização em Automação e Controle Industrial – Mecatrônica, Prof. Me. Marcelo Pinheiro Werneck.

Werneck avalia que esta é a oportunidade ideal para exercer a proatividade e buscar o aprimoramento profissional. “Com essa percepção da falta de mão de obra, as empresas vão deixar de buscar fora e passarão a investir em seus quadros. A proatividade é necessária, tanto para a empregabilidade quanto para o crescimento na própria empresa”.

Mais informações sobre os cursos de pós-graduação da UNITAU, você encontra aqui.

 

ACOM/UNITAU