28/05/2020 18h43 ⋅ Atualizada em 01/06/2020 11h22
Live, Quarentena, Coronavírus, Pandemia, Medicina, Enfermagem, SUS, Saúde
A transmissão ao vivo do dia 15 de abril, no Festival UNITAU Virtual no Instagram da Universidade, teve como tema ‘Conhecendo o SUS: o que seria de nós sem o nosso sistema de saúde’, que foi conduzida pela Professora do Departamento de Medicina Aline Balista, enfermeira graduada especializada em Estomaterapia e Saúde da Família e Mestra em Ciências da Saúde.
Conversar sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) sempre foi necessário, mas, principalmente agora, por ele estar em evidência devido à pandemia. No início da live, a professora afirma que falar sobre o SUS é desafiador por causa do imaginário colocado pelas mídias, que focam somente em suas fragilidades. “Ele tem, sim, fragilidades, mas, infelizmente, apenas um determinado grupo de pessoas sabe de fato o que o SUS é, que são os profissionais da área da saúde que estão a serviço do sistema”, diz.
Após entendermos isso,explica a grandeza desse sistema: “O próprio nome já diz: é um sistema, ou seja, vários pontos de atenção à saúde devem ser levados em consideração, entre eles agências públicas e privadas. O SUS dá conta de muita coisa: hospitais, medicamentos, consultas médicas, trabalhadores da área da saúde, entre outros. Ele é um sistema muito amplo.”
Aline aponta a importância de um dos princípios do SUS, que é a participação popular: “Envolvermo-nos nesse sistema enquanto sociedade é algo que deveria fazer parte da nossa vida, como, por exemplo, ocupando os espaços dos conselhos municipais de saúde”.
A professora aborda ainda que esta grande rede é dividida em níveis de atenção à saúde. O nível primário, segundo ela, está restrito a um contato diário de ações contínuas que passam por uma complexidade que seria a dimensão social das pessoas. “Esse nível é resolutivo e, considerando a pandemia que vivemos, a grande maioria das pessoas que apresentam sinais da Covid-19 obtém lá, imediatamente, informações, orientações e acompanhamento”, explica.
O nível secundário abrange, por exemplo, as maternidades, os serviços de especialidade médicas (cardiologia, ortopedia, neurologia, ginecologia etc.). Já no terciário, encontramos os serviços que têm uma maior complexidade e demandam recursos hospitalares, como, por exemplo, as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e a internação hospitalar. “Em algumas regiões, esses níveis são mais articulados e, em outras, menos”, diz.
Após isso, Aline colocou em evidencia os princípios doutrinários e organizativos do SUS: “Os doutrinários consistem em que todos precisam ter acesso ao sistema, equidade, integralidade. Já os organizativos são: participação popular, descentralização e comando único e a regionalização e a hierarquização”.
Por fim, ela afirma que, para promover saúde, deve-se entender a realidade de vida das pessoas, quem são elas, suas condições particulares, como os serviços de saúde devem se organizar de maneira que todos os brasileiros sejam atingidos por ele, pois “O Sistema Único de Saúde foi feito para todos nós”, destaca a enfermeira.
Fernanda Morais
ACOM/UNITAU
- Egressos e professores da UNITAU lançam livro sobre gestão de carreira
- Universitários de Medicina da UNITAU promovem I Simpósio Setembro Verde
- Livro lançado em congresso no Rio Grande do Sul tem participação de professores da UNITAU