13/11/2019 14h49 ⋅ Atualizada em 19/12/2019 15h49
Tecnologia, Projetos, Inclusão, Fora das Salas, Engenharia, Destaque, Comunidade, CICTED, Integração
Três alunos da Universidade de Taubaté (UNITAU) desenvolveram um protótipo de um óculos com sensor de proximidade que auxilia deficientes visuais a realizarem tarefas do dia a dia. O aparelho foi apresentado no primeiro dia do Congresso Internacional de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento (Cicted).
Vinicius Leite e Steffany Rabello Araújo, do curso de Engenharia Elétrica e Eletrônica e Alexia Vignard-Rosez do curso de Engenharia Aeronáutica foram os responsáveis pela criação. Todos os três são alunos do 2° semestre de seus cursos.
Vinicius Leite foi quem pensou no projeto. Isso começou quando o estudante do 1° ano de Engenharia Elétrica viu um vídeo de um pequeno robô que andava pela casa sem bater nos obstáculos pelo caminho. Lemes associou os movimentos do robô aos de um morcego que utiliza um sistema de ecolocalização para voar sem colidir com outros animais ou objetos.
O estudante pensou em unir o sistema do robô com o do morcego para ajudar as pessoas. Ai compartilhar a ideia com os amigos, surgiu a solução: utilizar o sistema do robô junto com o sonar do morcego para ajudar os deficientes visuais. “Apesar de ser um protótipo, a gente quer amadurecer o projeto e ajudar muitas pessoas ainda, comenta Vinicius.
Os óculos desenvolvidos pelos universitários funcionam com a ajuda de um sensor. Quando é utilizado, o sensor localizado na frente do objeto emite um pulso sonoro, imperceptível aos ouvidos humanos, que bate no obstáculo a frente e retorna ao próprio sensor. Com a proximidade de um metro de distância, o protótipo já emite um alerta sonoro, indicando um objeto à frente. O volume e a intensidade do alerta se torna maior conforme a proximidade. Entre 50 e 30 centímetros o sinal de alerta é mais alto e rápido. Em distâncias menores que 30 centímetros entre o indivíduo e o obstáculo o sinal sonoro é constante e ainda mais alto.
O sistema funciona de maneira semelhante aos sensores de ré dos carros, onde a frequência e intensidade do sinal representam o risco de colisão entre o veículo e o obstáculo.
O dispositivo funciona com ajuda de uma bateria que é alimentada por pequenas placas fotovoltaicas. As placas têm como função converter a luz solar em energia elétrica. O fato de funcionar a base de energia solar garante maior autonomia e vida útil ao aparelho.
A equipe que desenvolve o protótipo planeja melhorias para os óculos. “Precisamos aperfeiçoar mais o projeto. Fizemos com base no que estávamos aprendendo no primeiro ano do curso”, conta Vinicius.
O próximo desafio é transformar o alerta sonoro para a vibração em uma pulseira, de modo que apenas o usuário seja notificado quando houver um obstáculo à frente.
Vinicius Assis
ACOM/UNITAU
Foto: Arquivo Pessoal
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