Dúvidas frequentes sobre o Câncer de Mama
04/11/2019 11h57
Destaque, Extensão, Entrevista
Outubro foi o mês escolhido para a conscientização sobre o câncer de mama, mas sabemos que a prevenção deve acontecer o ano todo. Para tirar algumas dúvidas sobre a doença, conversamos com o Prof. Dr. Renato Mazzini, professor no Departamento de Medicina na área de Ginecologia e Obstetrícia, que participou do CICTED com uma palestra sobre o câncer de mama.
- Qual é o sintoma inicial?
O sintoma inicial mais comum é a mulher sentir um nódulo no seio e o ideal é fazer o diagnóstico antes mesmo de qualquer sintoma.
- Existe uma maneira de prevenir o câncer de mama?
Existem pesquisas que apontam que uma dieta balanceada, atividades físicas regulares e estilo de vida saudável reduzem até 30% a chance de desenvolver câncer de mama.
- Qual a importância do diagnóstico precoce?
Quanto mais precocemente for feito o diagnóstico, a chance de cura é maior, as respostas ao tratamento são melhores e menos invasivo ele será.
- Quais são os fatores de risco
Os fatores de risco, na verdade, são complexos. Não há nada tão efetivo a ser feito em relação a eles, que são:
- Exposição prolongada ao estrogênio, quando a mulher, por exemplo, menstrua muito cedo e entre na menopausa muito tarde;
- Obesidade;
- Terapia de reposição hormonal, quando ultrapassa 5 ou 10 anos de uso;
- Hereditariedade, que é um fator de risco pequeno. Estima-se que 8 em cada 100 mulheres terão o câncer causado pela hereditariedade.
- Qual deve ser a periodicidade da mamografia após os 40 anos?
O Ministério da Saúde recomenda que dos 40 aos 50 anos só se faça o exame clínico anualmente, e dos 50 anos 69 se faça uma mamografia a cada dois anos. Já a Sociedade Brasileira da Mastologia recomenda a mamografia uma vez por ano a partir dos 40 anos
- Histórico de câncer na família aumenta as chances de ter a doença?
Então, uma coisa é a sua mãe ou a sua avó ter câncer de mama em idade avançada, isso não necessariamente fará essa célula cancerígena passar de geração em geração. Agora, outra coisa é quando múltiplas pessoas na família tiveram o câncer de mama, neste caso, os familiares devem ficar em alerta.
Fernanda de Morais
ACOM/UNITAUFoto: Leonardo Oliveira/ACOM