Como diminuir o descarte de plástico no meio ambiente?
04/11/2019 11h57
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A sustentabilidade é tema de primeira ordem nos debates sobre o futuro do nosso planeta. O plástico, utilizado em larga escala, vem se tornando o grande vilão da história. Isso porque ele leva 450 anos para decompor e compõe grande parte do lixo descartado.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a cada minuto um milhão de garrafas de plástico são compradas em todo mundo e, em um ano, 500 bilhões de sacolas plásticas são utilizadas.
?O plástico se fragmenta no meio ambiente em pequenas partículas, ou microplásticos, e consegue entrar na cadeia alimentar. Atualmente, já existem pesquisas científicas constatando a presença de microplástico no intestino dos seres humanos?, comenta o Prof. Dr. Paulo Fortes do Curso de
Agronomia da
Universidade de Taubaté (UNITAU).
Ciência em busca de soluções
Desde 2014, a UNITAU é parceira da Universidade de Lisboa e da empresa portuguesa Silvex, que produz filme de bioplástico a partir de amido de milho.
O objetivo da parceria é avaliar a eficiência do bioplástico em relação ao plástico de polietileno, que é muito utilizado na cobertura de solo para o plantio de hortaliças.
?Temos verificado que a produção com a cobertura de bioplástico é similar ao do plástico. O bioplástico apresenta como vantagem a possibilidade de se decompor no solo, já o plástico tem a desvantagem de não se decompor quando misturado ao solo e, muitas vezes, são queimados na propriedade rural?, explica o Prof. Paulo.
Pesquisa aplicada na prática
Rodrigo Nogueira é ex-aluno de mestrado em
Ciências Ambientais, desenvolveu também projeto sobre bioplástico com orientação do prof. Paulo Fortes. O objetivo era produzir uma membrana plástica, utilizando resíduos da empresa Fibria, uma produtora de papel à base de celulose.
?O resutados foram positivos e realizados com eficiência. O custo foi bem baixo, já que os materiais foram doados pela empresa. O projeto, se executado em grande escala, vai diminuir a quantidade de lixo que é jogada nos aterros sanitários, pois, ao invés de a empresa simplesmente descartar, o material é aproveitado?, conta Rodrigo.
?Temos de continuar as pesquisas para reduzir os impactos das tecnologias obsoletas e insustentáveis, explorando as diversas aéreas do conhecimento em que a UNITAU atua?, finaliza o Prof. Paulo.
Nathália Sobral
ACOM/UNITAUFoto: Arquivo ACOM